Um turista italiano foi encontrado morto no morro dos Prazeres, Santa Teresa, região central do Rio, nesta quinta-feira (8). Roberto Bardella, 52 anos, voltava de uma visita ao Cristo Redentor, de moto, acompanhada por um outro turista de 59 anos que teve a identididade preservada.
A dupla, que pretendia ir à praia, se guiava por um aplicativo de navegação por GPS quando entrou por engano na comunidade, segundo a policiais.
De acordo com o Delegado Fábio Cardoso, titular da DH (Delegacia de Homicídios) da Capital, eles foram recebidos a tiros e Roberto foi atingido. Um grupo de, ao menos, 10 criminosos armados abordou os italianos e os obrigou a embarcar em um carro, no qual foram mantidos reféns. Os bandidos circularam com o veículo pela comunidade por cerca duas horas.
Ainda segundo a DH, em determinado momento, os traficantes decidiram libertar uma das vítimas que não possuía uma câmera em seu capacete, ao contrário de Roberto que foi morto. Para Cardoso, criminosos teriam confundido os turistas com policiais devido ao equipamento. Segundo o delegado, eles foram sequestrados por volta das 10h e o corpo da vítima foi encontrado por volta das 14h.
Os dois italianos estariam na cidade do Rio de Janeiro a passeio e teriam saído do hotel em Copacabana, onde estavam hospedados, para conhecer pontos turísticos, conforme a apuração inicial da polícia.
Agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Prazeres encontraram o corpo na rua Cândido de Oliveira, no Rio Comprido. O segundo turista foi resgatado sem ferimentos em um dos acessos da comunidade. Ele foi encaminhado para a Deat (Delegacia Especial de Apoio ao Turista).
Segundo o comando da UPP, policiais receberam a denúncia, por volta das 11h, sobre o desaparecimento dos dois turistas na comunidade. Eles foram encontrados após agentes realizarem um cerco na região.
Equipes do BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas) prestam assistência à vítima. A DH realizou um amplo trabalho investigativo. Delegado de polícia, peritos legista e criminal, papiloscopista e inspetores estiveram no local. Diligências estão em andamento. A polícia trabalha para identificar a identidade dos criminosos.
Em outubro de 2015, uma mulher foi morta após ter o carro metralhado por traficantes ao entrar por engano na comunidade do Caramujo, em Niterói, região metropolitana. Regina Múrmura, que tinha 69 anos, estava acompanhada do marido, José Francisco Múrmura, que sobreviveu.
O casal estava a caminho da praia de Charitas, mas pegaram a rota errada orientados pelo GPS. Eles pretendiam chegar à avenida Quintino Bocaiúva, na zona sul de Niterói, mas o equipamento os levou até a rua Quintino Bocaiúva, dentro da comunidade na zona norte da cidade.