Moradores de prédios vizinhos ao hospital que pegou fogo, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, viveram momentos de tensão ao deixarem suas residências devido à enorme coluna de fumaça, que rapidamente se espalhou pelo local, e também por acompanharem o socorro às vítimas do acidente que deixou 11 mortos na noite de quinta-feira (12).
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A síndica do prédio que fica ao lado da ala de emergência do Badim, Lília Dillon, de 63 anos, disse que notou a fumaça por volta das 18h30 e acionou os vizinhos.
"Estava de saída para ginástica quando o porteiro me alertou. Imediatamente pedi para que ele avisasse aos moradores para que evacuassem o prédio."
Lília contou que, apesar da fumaça ter encoberto toda a fachada do prédio, os moradores saíram de forma ordenada. No entanto, a situação na rua, onde foram montados leitos para dar assistência aos pacientes internados, era tensa.
Ainda de acordo com a síndica, uma passagem subterrânea da unidade hospitalar ajudou nos resgastes dos pacientes.
"Os bombeiros chegaram rápido e eram muitos. Havia muita gente chorando, ficamos tensos. Existe uma passagem de um hospital para outro que fica por baixo do nosso prédio. É um local irregular, mas que salvou muita gente."
A síndica também afirmou que havia uma obra na parte antiga do prédio, onde pegou fogo.
"Há uns dois meses tem uma obra lá. É um barulho ininterrupto de maquitas sendo usadas, tudo isso a perícia vai ter que descobrir, vão com a obra até 19h."
Os moradores do prédio puderam retornar na manhã desta sexta-feira (13) para casa. A síndica explicou que, segundo a Defesa Civil, não existe risco de desabamento naquela área. No entanto, o Badim foi totalmente interditado e outros quatro imóveis no entorno ainda permanecem com restrições.
*Estagiários do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira