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A PM não é racista, mas reflete valores da sociedade, diz coronel da reserva

Número de negros mortos por policiais é quase três vezes maior do que de brancos, diz estudo

São Paulo|Do R7*

Segundo o coronel, acusações de racismo contra a PM revelam que parte da população está descontente com as ações policiais
Segundo o coronel, acusações de racismo contra a PM revelam que parte da população está descontente com as ações policiais Segundo o coronel, acusações de racismo contra a PM revelam que parte da população está descontente com as ações policiais

O coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e consultor da CICV (Cruz Vermelha internacional), André Vianna, falou sobre denúncias de racismo por parte de policiais. Segundo Vianna, o preconceito não é transmitido dentro da corporação, mas reflete uma cultura geral da sociedade.

— A instituição não muda a essência da pessoa, os preconceitos vêm da própria sociedade. O treinamento forma policiais bem capacitados e equipados para garantir a segurança pública, proteger a todos. O preconceito e o racismo de cada policial não representam a Polícia Militar.

De acordo com o estudo realizado entre 2009 e 2011 pela UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), a Polícia Militar do Estado de São Paulo mata quase três vezes mais pessoas negras do que brancas e, na maioria dos casos, são policiais brancos os responsáveis pelas mortes.

O trabalho foi coordenado pela professora Jacqueline Sinhoretto, do Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos do Departamento de Sociologia da UFSCAR.

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A pesquisa também indica que, entre as vítimas dos policiais, 61% são negras, sendo 97% homens, com idades entre 15 e 29 anos. A taxa de prisões em flagrante, assim como a de mortalidade de suspeitos, é três vezes maior entre os negros do que em relação aos brancos.

O coronel afirmou, ainda, que não existe um tipo de treinamento diferenciado para o tratamento de negros, brancos ou grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), mas as acusações de racismo e violência contra a PM em São Paulo revelam que uma parte da população está descontente com o andamento das ações policiais e combater as más condutas é uma prioridade do Estado.

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Vianna destacou também que a violência é produto da desigualdade e desatenção a direitos básicos promovidos pelo próprio Estado, como a falta de moradias e desemprego.

*Juliana Venturi Tahamtani, estagiária do R7

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