Aluna da 7ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Leonor Quadros foi estuprada na tarde do último dia 12
Reprodução/GoogleUm dos adolescentes suspeitos de participar do estupro de uma menina de 12 anos dentro de uma escola estadual de São Paulo confessou, em depoimento à polícia, os abusos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (21) pelo jornal Agora. Ainda de acordo com a reportagem, o garoto é o único que a vítima conhecia, já que os dois estão na mesma série — mas estudam em salas diferentes.
O menino confirmou, ainda, que teve ajuda de outros dois colegas de 13 anos, confirmando a versão da vítima. A garota contou que usava o bebedouro da escola quando foi atacada. Ela foi imobilizada por um dos agressores e arrastada para o banheiro masculino, onde estavam outros dois adolescentes que esperavam a garota para cometer o crime.
A aluna da 7ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Leonor Quadros foi estuprada na tarde do último dia 12. Nos dias seguintes ao ataque, um dos adolescentes que participaram da agressão sexual, ainda procurou a menina no Facebook.
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Após o abuso, a menina foi colocada dentro de um ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico Ambulatorial). Primeiro, foi levada ao Hospital Municipal Doutor Arthur Saboya, no Jabaquara, também na zona sul, para só depois ser encaminhada para o Hospital Pérola Byington, especializado no atendimento às vítimas de violência sexual. O caso foi registrado no 78º DP (Jardins), o mais próximo da unidade de saúde e, em seguida, encaminhado para o 97º DP (Imigrantes) que é responsável pela investigação.
Filha de família evangélica, a estudante fazia aulas de break na igreja que a família frequenta, além de participar de um grupo de dança de rua. Caseira, a menina gostava de ouvir música, assistir a programas de culinária e tinha o sonho de ser psicóloga. A mãe da estudante contou que a filha pediu desculpas após o ocorrido.
— Minha primeira atitude foi cobrir a minha filha com todo o amor que eu tenho. Ela só me pedia desculpas e se sentia muito culpada pelo que tinha acontecido com ela. Nós da família estamos sofrendo muito, mas quem fecha os olhos e se lembra de tudo o que acontece é ela, por isso vamos continuar dando todo o nosso amor para que ela volte a ser contagiada por sentimentos bons.
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A vítima reconheceu os três agressores. Pouco antes de o caso ser divulgado, um dos menores se mudou com a família e até agora não foi localizado.
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil deve encaminhar um inquérito para a Vara da Infância e Juventude, órgão responsável por pedir a internação dos adolescentes na Fundação Casa. O laudo médico comprovou que a estudante ficou com ferimentos na região genital.
A Secretaria de Estado da Educação disse que abriu uma "apuração preliminar para averiguar a conduta da direção da escola". Para a mãe, a unidade de ensino foi omissa.
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