É estável o estado de saúde do estudante Bruno Pedroso Ribeiro, de 23 anos. A informação 'é da assessoria do Hospital das Clínicas, onde ele está internado. Segundo a unidade hospitalar, ele permanece na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O jovem levou um tiro no pescoço após sofrer um assalto próximo do campus da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), onde estuda, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, na noite desta terça-feira (14). Ele esperou quase meia hora para ser socorrido.
Segundo a polícia, o universitário, que cursa Relações Internacionais, foi atingido após entregar o celular ao bandido, na altura do número 292 da rua João Ramalho. O criminoso fugiu. Pedestres chamaram a Polícia Militar, que chegou minutos depois. No entanto, ele ficou 29 minutos no chão, esperando o socorro até ser levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital das Clínicas.
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Nesta quarta-feira, ele passou por duas cirurgias para a remoção da bala, de acordo com informações do hospital. O estudante mora na região do Cursino, na zona sul, e ia embora para casa quando foi abordado. Imagens de câmeras de segurança de prédios da rua mostram um suspeito chegando em uma moto. De acordo com o delegado titular do 23.º Distrito Policial (Perdizes), Marco Aurélio Batista, há a suspeita de que mais de uma pessoa tenha participado do assalto, mas nenhuma havia sido identificada até as 18h dessa quarta.
Socorro
Poucas horas antes do crime, o juiz Marcos Pimentel Tamassia, da 4.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, havia suspendido por liminar a resolução que previa que PMs deveriam apenas isolar o local do crime e esperar a chegada de atendimento médico. Ele havia acatado os argumentos de que a resolução — cujo objetivo oficial era coibir a ação de PMs que adulteram a cena do crime com argumento de que estão socorrendo feridos — estava, na verdade, fazendo com que os policiais deixassem de prestar primeiros socorros.
O governo estadual recorreu da decisão e, nesta quarta, o presidente do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Ivan Sartori, cassou essa liminar e determinou que a resolução continua válida.
— Essa resolução em nenhum momento impede o socorro imediato, se for o caso.
Segundo ele, a norma estadual determina apenas "que o atendimento médico de emergência deve ser prestado com qualidade, o que não dispensa treinamento específico em primeiros socorros, inclusive a remoção de pacientes".
Violência
Em nota, a PUC declarou que "se solidariza com a família de seu aluno, mais uma vítima da violência urbana da cidade de São Paulo, e torce pela recuperação do estudante". Também informa que "o assalto ao aluno mostra mais uma vez que tem fundamento a preocupação da reitoria com a segurança de seus alunos, professores e funcionários".
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