Desde junho de 2012 a Polícia Civil recebeu ao menos nove denúncias de pessoas que disseram ter sido agredidas por seguranças da boate Villa Mix, na Vila Olímpia, bairro nobre de São Paulo. O último caso aconteceu na madrugada de domingo (31). Um piloto de avião, de 25 anos, contou que foi espancado por seguranças que afirmaram que ele estava usando maconha no fumódromo da casa noturna. O rapaz nega.
Agora, o delegado do 96º Distrito Policial (Brooklin), José Antônio Ayres de Araújo, quer ouvir o gerente da boate para saber detalhes sobre a equipe de segurança.
— O objetivo é ver se os seguranças são terceirizados. Nesse caso, se são cadastrados, se a casa tem fotos deles.
O delegado ainda contou que entre os motivos das supostas agressões estão problemas com o pagamento da comanda e questões envolvendo acesso aos camarotes, por exemplo. As imagens do circuito interno de câmeras da casa, ainda não entregues à polícia, podem ajudar a polícia a esclarecer os fatos.
O rapaz agredido por quase três horas no domingo está revoltado. Ele ficou com medo de perder a visão.
— Dependo do meu olho para trabalhar, porque sou piloto. Se acontecer alguma coisa com minha visão, não posso trabalhar nunca mais.
O Villa Mix foi fundado em novembro de 2011 e tem como sócios os cantores sertanejos Jorge e Mateus. No dia 24 de fevereiro, o jogador de futebol Neymar comemorou o aniversário na casa.
Outro lado
Sobre os nove casos envolvendo seguranças, a boate afirmou em nota que “aguarda a conclusão dos processos”. Ainda de acordo com o Villa Mix, “até o momento, os seguranças envolvidos nestes casos foram apresentados às autoridades competentes e afastados até que a análise final seja obtida”.
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