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Assassinato de PMs: família diz não acreditar que filho matou os pais

Irmão diz que versão “não existe"; corpos foram enterrados hoje em Rio Claro

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Polícia investiga se menino matou o pai e a mãe, ambos PM
Polícia investiga se menino matou o pai e a mãe, ambos PM Polícia investiga se menino matou o pai e a mãe, ambos PM

O irmão do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, supostamente morto pelo próprio filho dentro de casa na segunda-feira (5), afirmou que não acredita na versão da polícia de que o menino, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, matou os pais e depois tirou a própria vida. Fábio Pesseghini falou com a imprensa nesta terça-feira (6), após o enterro dos corpos do sargento, da mulher e do filho, em Rio Claro, a 173 km de São Paulo.

— Isso não existe [versão de que menino matou]. Um cara que tem 20 anos de polícia não ia deixar ser atingido por uma criança.

Questionado porque a polícia sustentaria a versão de que os PMs foram mortos pelo menino, ele disse que "não sabe se é politicagem da Secretaria de Segurança Pública, do DHPP, de quem seja". Disse ainda que os familiares não tinham informações de que a família estava sofrendo ameaças.

José Uliana, tio do sargento Luis Marcelo, também ficou surpreso com a notícia de que o menino seria suspeito. O familiar é outro que não concorda com a versão.

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— É um negócio que não existe.

Ele definiu o sobrinho como "uma ótima pessoa" e afirmou que a família era muito unida.

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Sem honras militares

Companheiro de trabalho da cabo Andreia Regina, o sargento Eliás Renato, da 1ª Companhia do 18º BPM/M, contou que não houve honras militares durante o enterro.

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— Porque tem que esclarecer primeiro o que aconteceu, mas não teve não.

Ele relatou que a cerimônia foi "muito triste e comovente" e que Andreia era "uma excelente policial".

O caso 

Cinco corpos foram encontrados no começo da noite de segunda-feira. Na sala da casa, que fica na Brasilândia, zona norte de SP, estava o sargento da Rota, Luis Marcelo Pesseghini; a mulher dele, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini e o menino. Em uma casa no mesmo terreno, em uma cama, foram achados os corpos da mãe de Andreia e da irmã dela, tia da policial.

As investigações policiais indicam que o adolescente teria matado a família, entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda-feira. Ele teria dirigido o carro da família até a escola onde estudava, a cerca de 5 km da casa. Uma câmera de segurança da região flagrou o jovem saindo do veículo.

Após a aula, ele pegou carona com o melhor amigo. O pai do garoto o deixou na frente de casa. Marcelo teria dito que não havia necessidade de chamar o pai porque ele estava dormindo.

O delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP, comentou sobre a situação encontrada pelos policiais quando chegaram ao local.

— Desde o primeiro momento quando entrei na casa, eu já comecei, talvez pela experiência, a sentir que alguma coisa não estava batendo. Não era um homicídio usual.

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