Bar promove festas e não respeita o distanciamento ou regras contra a covid-19
Reprodução / Arquivo PessoalUm bar na rua Quinta da Magnólia, no Jardim Ipanema, zona leste de São Paulo, está tirando o sono dos moradores da região. Apesar da quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, o estabelecimento está aberto sem restrições e desrespeita as regras de distanciamento e uso de máscaras.
A denúncia foi feita por uma moradora que prefere não ser identificada por medo de represálias. Ela já registrou várias reclamações na prefeitura pelo 156 e também procurou a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Segundo ela, o Berg Bar abriu em 2 de agosto já com uma festa. "Procurei a GCM e me falaram que só podia vir pro endereço por causa do barulho, em desrespeito à Lei do PSIU, e orientou a ligar 156 para relatar o desrespeito às regras da prefeitura. Eu abria protocolo e encerrava no dia seguinte. Vinha uma resposta protocolar que iria acionar a subprefeitura de Itaquera, mas não sei o que aconteceu depois. Acho que nem aqui vieram", afirmou a denunciante.
De acordo com a denúncia, o bar funciona de segunda a segunda, desde a hora do almoço até 2h da madrugada, coloca mesas e cadeiras na calçada, com música alta. "O bar nem deveria abrir nessa época. Mas faz o que quer. Num fim de semana, fizeram uma festa de aniversário, colocaram balcão na rua com bebidas como se fosse buffet, aglomerou gente na rua. Tudo irregular, nem sei se tem alvará de funcionamento", questiona.
Segundo as regras de flexibilização do Plano São Paulo, do governo estadual, bares e restaurantes só podem ficar abertos por oito horas diárias seguidas ou intercaladas e o horário limite de fechamento é às 22h.
O funcionamento, no entanto, está condicionado aos protocolos de prevenção da covid-19 como uso obrigatório de máscaras, álcool em gel, capacidade limitada a 40%, distanciamento de 1,5 metro das mesas, entre outros.
Mas não é o que acontece no Berg Bar, segundo a denunciante: "Nem funcionários nem clientes usam máscaras. Não tem protocolo contra o coronavírus nenhum lá. O imóvel é alugado. O dono do bar tem que saber que tem multa pra isso e tem que pagar", argumenta.
Para a denunciante, a fiscalização deixa de ser feita por se tratar de um bairro periférico: "Eu moro na periferia. Se fosse em Moema ou Jardins, seria bem diferente. A prefeitura joga pra sub e não fiscalizam. A GCM joga pra prefeitura. A PM passa aqui direto, mas diz que não atua na fiscalização. Isso coloca em risco a minha vida e da minha família, além da perturbação sonora. Registrei na Ouvidoria, mas o prazo para análise é de 60 dias e pode prorrogar".
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que o local foi interditado em 2018 e 2019 por falta de licença de funcionamento e prometeu uma nova ação de fiscalização no endereço.
A reportagem do R7 entrou em contato por telefone e por e-mail com o bar, mas não obteve resposta. Nas redes sociais, a última postagem do estabelecimento é de uma festa em 29 de fevereiro, e é de um bar com o mesmo nome, mas localizado na avenida Itaquera, 2557.