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Caminhoneiros são pouco afetados, diz presidente de federação em SP

Protestos contra medidas restritivas bloquearam Cebolão, na zona oeste, e a avenida Senador Teotônio Vilela, na zona sul da cidade 

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Vans e pick-ups são mais afetados pelas medidas restritivas, avalia presidente de federação
Vans e pick-ups são mais afetados pelas medidas restritivas, avalia presidente de federação Vans e pick-ups são mais afetados pelas medidas restritivas, avalia presidente de federação

O presidente da Federação dos Caminhoneiros e Transporte Autônomos de Veículos Rodoviários de Estado de São Paulo, Claunidei Natal Pelegrini, afirmou nesta sexta-feira (5), que as medidas restritivas adotadas pelo governo paulista para conter o número de casos, internações e mortes por covid-19 afetam minimamente os caminhoneiros autônomos.

A presidente da Federação, que reúne 18 sindicatos, afirma que os protestos que bloquearam o Complexo Viário Heróis de 32, conhecido como Cebolão, na zona oeste, e a avenida Senador Teotônio Vilela, na zona sul da cidade são organizados por veículos menores, como vans, pick-ups de pequeno porte. "Entendemos que é algo complicado, mas os caminhoneiros vão continuar trabalhando. Eles não podem desabastecer o país."

Segundo Pelegrini, o protesto é encabeçado por vans, pickup de entrega. "Eles são mais prejudicados do que nós, nós ainda vamos para os centros de distribuição. São Paulo é local de passagem pra nós, para o Ceasa e os centros de logísticas de empresas."

Em decorrência das manifestações, a prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos nesta sexta-feira (5). As placas que estariam impedidas de trafegar eram as de finais 9 e 0. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes informou que o rodízio está suspenso inclusive para veículos pesados, como caminhões. De acordo com a pasta, também estarão liberadas as demais restrições existentes na cidade: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição aos Fretados (ZMRF).

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Paralisação

Desde o início da manhã, caminhoneiros interditam pelo menos dois pontos da capital na manhã desta sexta-feira (5) em manifestação contra as medidas de restrição impostas pelo governador João Doria para tentar conter o avanço da covid-19 em São Paulo. 

O primeiro ponto é no Complexo Viário Heróis de 32, conhecido como Cebolão, que liga as marginais Tietê e Pinheiros, no sentido Rodovia Castello Branco, na zona oeste de São Paulo. O segundo é na avenida Senador Teotônio Vilela, na região de Parelheiros, zona sul de São Paulo. A Polícia Militar acompanha o local desde às 6h10.

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De acordo com os manifestantes, o grupo reivindica o recuo nas novas medidas de restrição impostas pelo governo estadual que coloca todo estado de São Paulo na fase vermelha do Plano São Paulo a partir deste final de semana.

O grupo fecha as faixas no sentido Rodovia Castello Branco e permite a passagem apenas de ambulâncias e carros de profissionais de saúde. A Rodovia Castello Branco tem tráfego interrompido no sentido capital, pela pista expressa, na altura do km 13 até o 16. 

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Medidas restritivas

O governador João Doria (PSDB) classificou, na quarta-feira (3), todo o estado de São Paulo na fase vermelha por 14 dias com o objetivo de conter a alta de casos e mortes por covid-19 nos hospitais paulistas. O anúncio foi feito ao lado de membros do governo e do Centro de Contingenciamento da Covid-19, no Palácio dos Bandeirantes.

"Em São Paulo e no Brasil, estamos à beira de um colapso na saúde. Isso exige medidas urgentes", afirmou João Doria (PSDB) para justificar o endurecimento das restrições, que começam a valer a partir da 0h do sábado (6) e vão até o dia 19 de março.

"Vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia desde o primeiro caso na pandemia no Brasil", disse Doria. "É a pior crise de saúde dos últimos cem anos. Há 41 dias, o Brasil tem mais de mil mortes por dia. Como se cinco aviões caíssem por dia matando todos os seus ocupantes. Isso é uma tragédia que pode ser ainda pior. Não podemos banalizar a morte. Um paciente de covid-19 é internado a cada dois minutos", completou.

O coordenador do Centro de Contingenciamento da Covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes, disse que, "hoje, é o dia mais difícil que já enfrentei desde o início da pandemia pelo diagnóstico da situação e pelas medidas a serem tomadas".

"Infelizmente não temos essa coordenação para o país como um todo, mas em São Paulo enfrentamos e colaboramos com o governador", acrescentou Menezes, antes de dizer que se tratam de medidas duras, mas essenciais para reduzir a transmissão do vírus.

O coordenador executivo do órgão, João Gabbardo, afirmou que não existe outra forma de reduzir o contágio se não com as medidas restritivas. "Hoje, o país tem o dobro de leitos de UTI comparando com o início da pandemia. Mesmo tendo dobrado, os estados apresentam cerca de 80 pessoas na fila para internar", disse. Nesta quarta-feira, o estado registra a taxa de ocupação de leitos de UTI de 75,3%. Nas duas últimas semanas, foram 93 pacientes internados.

Nesta fase, funcionam somente os serviços considerados essenciais, como farmácias, supermercados e padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, meios de transportes, oficinas de veículos, atividades religiosas, hoteis, pousadas, bancos, pet shops e serviços de entrega.

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