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Carro que 'media' nível do Cantareira foi roubado há 20 anos

Pelo número do chassi, a polícia identificou o boletim de ocorrência do roubo ocorrido em 1995

São Paulo|

Desde o ano passado, 31 carros foram retirados da represa Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira
Desde o ano passado, 31 carros foram retirados da represa Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira Desde o ano passado, 31 carros foram retirados da represa Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira

A carcaça de um veículo que estava na região da represa Atibainha, do Sistema Cantareira, e se tornou conhecida como "símbolo" da crise hídrica é parte de um carro roubado há 20 anos. O objeto ficou conhecido depois de ser grafitado pelo artista paulistano Mundano, que pintou no objeto a frase "Bem-vindo ao Deserto da Cantareira".

Pelo número do chassi, a polícia identificou um boletim de ocorrência do roubo, que ocorreu em 2 de abril de 1995, registrado no 74ºDP - Parada de Taipas, em São Paulo.

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O "veículo" foi apreendido no mês passado e sua dona, hoje com 53 anos de idade, deverá ser informada pelas autoridades sobre o episódio. O nome da proprietária não foi divulgado.

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O caso nunca foi resolvido e, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a carcaça não trouxe nenhum indício que permitisse novas investigações. A Polícia já sobrevoou a represa, que fica em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, e não encontrou outros veículos abandonados. Desde o ano passado, 31 carros foram retirados do local.

"Quem levou?"

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Mundano, de 29 anos, não sabia que o objeto tinha sido apreendido pela polícia. No mesmo dia em que constatou o desaparecimento do carro, voltou ao local e pintou uma réplica em uma das pilastras da represa.

O desenho serviria, assim como a carcaça, para "medir o volume da água na represa". Ao saber pela reportagem que a carcaça era de um automóvel roubado, quis saber mais. "Onde ele está? Quem levou?", questionou o artista, que disse ter criado certa "afinidade" com toda a história.

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— Tinha que ter um medidor mais acessível para a população saber o nível da água. O carro serve para essa referência.

Além do grafite, ele também plantou cactos com torneira ao lados dos espinhos no local e agora promete uma nova intervenção artística.

Mundano e outro grafiteiro, que atende apenas por Mauro, preparam uma exposição com garrafas, pedaços de lata e outros objetos encontrados na represa, todos pintados.

— Como ativista do meio ambiente, procurei uma forma mais de interessante de mostrar como tudo está lá. 

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