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Casos voltam a aumentar, e Prefeitura de SP abre 50 novos leitos contra Covid

Há dois meses, a média de internações no estado de São Paulo estava em torno de 150. Agora, mais do que triplicou

São Paulo|

Números ligam sinal de alerta nas autoridades devido ao crescimento da pandemia
Números ligam sinal de alerta nas autoridades devido ao crescimento da pandemia Números ligam sinal de alerta nas autoridades devido ao crescimento da pandemia

O aumento no número de casos de Covid-19 nas últimas semanas levou a Prefeitura de São Paulo a ampliar o número de leitos destinados ao tratamento de doenças respiratórias. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 50 vagas foram criadas na rede pública da capital paulista para dar conta do aumento da demanda.

Há dois meses, a média de internações no estado de São Paulo estava em torno de 150. Agora, mais do que triplicou e ultrapassou a barreira de 500 pessoas. São números que estão bem abaixo do recorde de 3.400 pessoas internadas em março, mas que ligam o sinal de alerta nas autoridades por causa do crescimento da pandemia.

"O número de internações está aumentando, então existe a necessidade de aumentar o número de leitos. Embora estejamos longe dos piores momentos de 2021, hoje conseguimos ter menos casos graves graças à vacina, mas estamos tendo mais casos graves do que estávamos preparados para este momento", afirma Carlos Magno Fortaleza, infectologista e epidemiologista da Unesp. "Nas próximas duas semanas haverá um crescimento de casos e depois de internações e mortes."

Em 13 de abril, São Paulo tinha média móvel de 25 mortes pelo novo coronavírus e 5.572 casos diários. No domingo, dois meses depois, chegou a 61 mortes e 9.644 casos, um aumento de 145% no número de óbitos e de 73% no de contaminados, mesmo com cenário de grande subnotificação de resultados positivos da Covid.

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"A expectativa era de que a gente já tivesse de uma maneira bastante consolidada um número de mortes inferior a 50 nesta época do ano em todo o país, dado o comportamento da pandemia no trimestre anterior. Houve um crescimento grande quando a variante Ômicron chegou, e aí veio a queda abrupta. O problema é que, no primeiro momento que os números diminuem, decretaram fim da emergência epidemiológica, desobrigando uso de máscara", lamenta o médico.

Na rede municipal de São Paulo, a taxa de ocupação dos leitos é de 70% para UTI e de 61% para enfermaria. Já na rede estadual, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, a ocupação é de 46,8% em enfermaria e 50,3% de UTI.

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"Além de fortalecer os serviços de saúde estaduais para atender pacientes com Covid-19, a pasta mantém diálogo com gestores regionais para análises técnicas e definição das estratégias assistenciais e, se necessário, ativar novos leitos para a assistência à população. Cabe ressaltar que a abertura de novos leitos não é prerrogativa exclusiva do estado, cabendo também aos municípios e à União", informou a secretaria estadual.

"As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid", continuou, em nota, sem citar o uso de máscaras faciais.

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Mais testes

Desde a última sexta-feira (10), São Paulo passou também a testar pessoas que tiveram contato com quem foi diagnosticado com Covid-19, mesmo sendo assintomático. Com a ampliação da testagem, a pessoa poderá retornar às atividades após sete dias de quarentena, caso o resultado seja negativo.

Para Carlos Magno Fortaleza, a utilização da proteção no rosto é fundamental neste momento em que o número de casos cresce. "O que a gente está tentando avisar, usando o princípio básico da epidemiologia, é que quanto mais gente usar máscara, teremos menos casos. É uma recomendação importante e alguns lugares já estão até exigindo novamente as máscaras", disse.

Especialistas também alertam para outro problema, que é o fato de a vacinação estar avançando em ritmo lento, principalmente em relação às doses de reforço.

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