Com dificuldade de comunicação, turistas destacam hospitalidade
Eduardo Enomoto/R7Ninguém precisa mais imaginar como seria na Copa. Ela chegou há dez dias, trouxe um mar de estrangeiros para a capital paulista e bem menos problemas do que o esperado. Esse é a opinião da inglesa Mary Yanni, de 28 anos.
— Falaram muito sobre a falta de organização e segurança, mas nós não passamos por nenhuma situação difícil. Tudo tem funcionado bem.
Em geral, assim como Mary, turistas de outros países que circulam pelas ruas de São Paulo revelam surpresa com a infraestrutura e as atrações da metrópole.
Eles dizem que a comunicação em outras línguas está complicada, mas garantem que as mímicas e a hospitalidade paulistana têm dado conta do recado. Há uma semana em São Paulo, Mary e mais duas amigas escolheram o metrô como meio de transporte e se surpreenderam com a rede, como conta Stephanie Gallegos, também de 28 anos.
— Não esperava. O metrô é mais limpo, mais barato e até melhor que o de Londres.
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Quando disseram para amigos e parentes que viriam ao Brasil, as inglesas tiveram de ouvir recomendações de todas as partes. As três, que são amigas desde o tempo da escola, já tinham viajado juntas para a Copa na Alemanha, em 2006, e hoje dizem que aqui no Brasil há "mais coisas para ver".
— Definitivamente, temos de voltar —, disse Stephanie sem esconder a empolgação durante o passeio pela avenida Paulista.
Nas escadas da Pinacoteca, na Luz, centro da cidade, o engenheiro indiano Rakesh Karun, de 38 anos, e mais três amigos também da época da escola escolhiam o próximo destino turístico com um mapa da cidade na mão. Ele elogiou o transporte público e disse que houve mais organização do que esperava.
— Diante das notícias que víamos antes de chegar aqui, esperávamos o caos, mas não foi isso que encontramos. Na realidade, houve mais organização até do que já vimos em alguns países europeus.