'Corretor das estrelas' é preso em São Paulo por fraudes financeiras
Reprodução / LinkedInA Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (12) um dos foragidos da Operação Kryptos. Michael de Souza Magno, conhecido como o “corretor das estrelas”, já havia sido denunciado por crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa e estava foragido.
Ele foi localizado por policiais federais na rodovia Castelo Branco ao volante de um veículo de luxo, em Araçariguama, no interior de São Paulo.
Preso, Michael foi conduzido à sede da PF em São Paulo, mas será encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro, onde ficará à disposição da Justiça.
Em imagens, o corretor aparece ao lado de atores e atrizes famosos, a quem ele teria vendido imóveis de luxo.
Operação
Em 25 de agosto, policiais federais cumpriram, no Rio de Janeiro, dois mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes bilionárias com criptomoedas. Segundo investigações da Operação Kryptos, uma empresa sediada em Cabo Frio, na região dos Lagos, operava um esquema de pirâmide financeira.
Glaidson é investigado por operação de pirâmide financeira
ReproduçãoEm uma mansão na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, foi preso o dono da empresa, Glaidson dos Santos. Na residência os policiais encontraram uma grande quantidade de dinheiro em reais, dólares e euros, além de barras de ouro. Outro suspeito foi preso no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, tentando embarcar para o exterior.
O esquema era baseado na oferta pública de contrato de investimento, sem prévio registro nos órgãos regulatórios. Segundo a PF, a empresa especulava no mercado de criptomoedas, com uma previsão insustentável de retorno financeiro sobre o valor investido. Nos últimos seis anos, a movimentação financeira dessa empresa chegou a cifras bilionárias.
Os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foram cumpridos em São Paulo, no Rio de Janeiro, Ceará e Distrito Federal. A investigação contou com o apoio do MPF (Ministério Público Federal) e da Receita Federal.
Os investigados podem responder pelos crimes de gestão fraudulenta, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem cumprir pena de até 26 anos de reclusão.