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Covas troca controlador-geral e órgão tem 8º chefe em 8 anos

João Manoel Scudeler, que estava encarregado do combate interno à corrupção, deu lugar ao advogado Daniel Falcão no cargo

São Paulo|

Troca ocorre dois meses após Covas assumir 2º mandato
Troca ocorre dois meses após Covas assumir 2º mandato Troca ocorre dois meses após Covas assumir 2º mandato

Pouco mais de dois meses após assumir o segundo mandato na Prefeitura de São Paulo, a gestão Bruno Covas (PSDB) trocou o controlador-geral do município, pessoa encarregada de cuidar do combate interno à corrupção.

João Manoel Scudeler de Barros, que estava na função de controlador, deu lugar ao advogado Daniel Falcão, que será a oitava pessoa a ocupar o posto em oito anos de existência da CGM (Controladoria-Geral do Município).

A troca ocorre enquanto Covas mantém na gaveta a regulamentação da Lei Municipal Anticorrupção, sancionada em janeiro do ano passado, que poderia aumentar a transparência e os instrumentos de controle interno na cidade, mas que ainda não é aplicada.

Barros é tido como uma pessoa próxima ao secretário de governo de Covas, Rubens Rizek, um dos principais auxiliares do prefeito. Ele estava no cargo desde o fim do primeiro semestre do ano passado - assumiu após o então controlador, Gustavo Ungaro, pedir demissão por não concordar com uma tentativa de Covas de, segundo ele, retirar a autonomia da CGM. Em dezembro, ao anunciar sua nova equipe de governo por meio de postagens no Instagram, Covas confirmou a permanência de Barros no cargo.

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Sem apresentar explicações sobre a troca, auxiliares do prefeito afirmaram que a nova equipe ainda está sendo definida e que Covas prepara, por exemplo, nomeações de novos subprefeitos, cargos que são cobiçados pelos vereadores.

O último trabalho concluído por Barros foi uma auditoria nos serviços de tapa-buraco, que indicou licitação com baixa competitividade e brechas que permitiam sonegação fiscal pelas empresas contratadas O novo controlador, cuja nomeação saiu no Diário Oficial de quarta-feira, 3, é professor de Direito da USP. A gestão Covas informou, em nota, que "mudanças de cargos de confiança são normais dentro de uma administração".

Além de Gustavo Ungaro, a ex-controladora Laura Mendes também deixou o posto alegando que a gestão João Doria (PSDB) pretenderia reduzir a autonomia da CGM. O órgão foi criado em 2013, por Fernando Haddad (PT), e logo descobriu a Mafia do ISS na Secretaria da Fazenda, que causou prejuízo de R$ 500 milhões à cidade. 

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