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Denúncias de abuso sexual no metrô crescem 42% neste ano

Segundo a companhia, 80% dos abusadores descritos pelas vítimas são levados à delegacia  

São Paulo|Do R7

Grupo protesta contra abusadores no transporte público de SP
Grupo protesta contra abusadores no transporte público de SP Grupo protesta contra abusadores no transporte público de SP

O número de usuários que denunciou abusos sexuais por meio de mensagem de celular ao Metrô de São Paulo cresceu 42% em relação a 2014. De acordo com dados da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, entre janeiro e setembro de 2015, 87 casos foram reportados à companhia. No mesmo período do ano passado, o número foi de 61.

O SMS Denúncia foi lançado em 2011 com o objetivo de identificar crimes dentro do sistema metroviário, mas começou a ganhar relevância como ferramenta de combate aos abusadores no ano passado. Em 2013, foram registradas apenas dez denúncias.

Casos de assédio sexual em transporte público são antigos, mas desde o início do ano passado o assunto ficou em evidência após uma sequência de detenções de suspeitos nos trens de São Paulo. A repercussão da violência ajudou a jogar luz sobre o problema e o debate foi colocado em pauta.

De acordo com a secretaria, nos casos denunciados, 80% dos abusadores descritos pelas vítimas são detidos e encaminhados para a Delpom (Delegacia do Metropolitano), órgão responsável pela investigação dos crimes no sistema metroferroviário paulista. A companhia afirma que os “esforços foram intensificados com o uso de cartazes, distribuição de panfletos nos horários de pico, posts nos perfis oficiais e veiculação de mensagens nos monitores dos trens”.

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Em agosto, foi lançada uma nova campanha, focada na solidariedade feminina, com peças afixadas em trens e estações, além de divulgação diária nas redes sociais. Em maio, uma jornalista do Portal R7 foi vítima de um abusador na estação Brás, da Linha 3—Vermelha do Metrô. Um homem ejaculou na calça dela dentro de um vagão lotado.

Em relato ao Portal, ela mostrou sua indignação com a realidade vivida cotidianamente por centenas de mulheres no transporte público: “Não sou funcionária do Metrô para pensar em soluções para essa situação corriqueira, não sou paga para isso, mas pago a passagem, nada barata, para ir para minha casa ou trabalho tão apertada a ponto de um homem se masturbar, ejacular e ninguém ver. Minha calça vai para máquina de lavar, mas e a minha dignidade?”

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