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Dois em cada três alunos consideram escolas públicas muito violentas, diz pesquisa

Além disso, o levantamento mostrou que 68% dos professores têm a percepção de que os colégios oferecem risco de violência

São Paulo|Gabrielle Pedro, do R7

Quase metade dos alunos informou que sofreu algum tipo de agressão nos colégios
Quase metade dos alunos informou que sofreu algum tipo de agressão nos colégios Quase metade dos alunos informou que sofreu algum tipo de agressão nos colégios

Dois em cada três alunos consideram as escolas públicas estaduais de São Paulo muito violentas, mostra uma pesquisa da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), feito em parceria com o Instituto Locomotiva, divulgada nesta quarta-feira (29).

O levantamento ouviu 1.250 estudantes de escolas públicas, 1.250 familiares de alunos e 1.100 professores. Feito entre 30 janeiro e 21 de fevereiro deste ano, o estudo indicou que 69% dos alunos, 68% dos professores e 75% dos familiares consideram as escolas agressivas e pouco seguras.

"As instituições de ensino, que deveriam ser ambiente de paz e diálogo, infelizmente não estão livres da violência que ocorre em toda a sociedade brasileira", avalia o fundador do Instituto Locomotiva e coordenador do estudo, Renato Meirelles.

Violência na comunidade escolar

A perceção de violência entre os estudantes é maior nas escolas estaduais paulistas da periferia do que na região central. De acordo com a pesquisa, 64% dos estudantes de colégios de bairros centrais indicam a sensação alta ou média de violência, patamar que sobe para 74% entre os alunos de escolas da periferia.

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Entre os professores, a percepção do ambiente hostil nas escolas estaduais paulistas dobra a depender da localização. Entre os docentes que lecionam no centro, 39% apontaram que enxergam a violência no ambiente escolar, contra 89% entre os professores da periferia — o dobro.

Para completar, 68% dos familiares de estudantes de escolas do centro percebem a violência contra 80% de parentes de adolescentes que estudam em colégios estaduais paulistas.

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Essa percepção sobre a segurança nos colégios se confirma, já que quase metade dos alunos ouvidos pela pesquisa afirmou que sofreu algum tipo de ataque de ódio dentro da escola. Os professores também são vítimas: 19% dos docentes ouvidos informaram que foram alvo de algum tipo de agressão física ou verbal.

Para prevenir atentados como o daEscola Estadual Thomázia Montoro, na última segunda-feira, Meirelles e a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, dizem acreditar que o governo estadual de São Paulo deve investir na contratação de profissionais de educação e de especialistas em psicologia.

"Não é fácil para os professores conviverem com essa sensação de violência, ainda mais com as dificuldades que esses cargos já exigem. Muitos trabalham sem nenhum amparo e com salários abaixo do piso, então é muito difícil que alguns ainda tenham que se pôr na posição de escudo, como no caso registrado na última segunda-feira", disse Maria Izabel.

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