Doria diz que as polícias militar e civil, os Bombeiros e a engenharia de tráfego agiram rapidamente para garantir movimentação
Dario Oliveira/28.04.2017/Estadão ConteúdoA ação da polícia e dos bombeiros na contenção dos protestos desta sexta-feira (28) foi elogiada pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que ao comentar a greve geral garantiu que os sindicatos dos rodoviários serão multados em R$ 500 mil por desrespeitarem a decisão judicial que previa o funcionamento de pelo menos 80% da frota nos horários de pico.
Durante entrevista, o prefeito também agradeceu aos funcionários municipais que trabalharam e não se envolveram na manifestação, a qual classificou como "muito mais política do que reivindicatória".
O prefeito voltou a afirmar que "ao contrário dos sindicalistas" acordou cedo para trabalhar, assim como outros servidores do município.
— Houve um esforço muito grande dos funcionários públicos. Mais de 80% deles trabalharam. A maior ausência foi na rede municipal de ensino, com 50%. No atendimento médico teve 80%, nas outras áreas foi mais de 90%, algumas com todos presentes.
Doria ainda afirmou que as manifestações foram mais semelhantes a um protesto do que a uma greve, mas que não conseguiram prejudicar tanto a mobilidade das pessoas, já que as polícias militar e civil, o Corpo de Bombeiros e a engenharia de tráfego agiram rapidamente para garantir movimentação.
João Doria ainda elogiou a ação de aplicativos de transporte como Uber, 99Taxi e EasyTaxi, por darem descontos nas corridas nesta sexta, e os motoristas de táxi, que não aderiram a greve e também não utilizaram a bandeira 2 - tarifa mais cara nas corridas. Questionado se a parceria dos aplicativos com a Prefeitura tinha sido desfeita, Doria explicou que não voltou atrás em sua decisão, mas que pessoas favoráveis à paralisação começaram a usar os descontos destinados aos funcionários da prefeitura para "tumultuar" a ação.
O prefeito garantiu que a Prefeitura e as polícias estão preparadas para agir "com a mesma destreza, eficiência e determinação" caso aconteçam outros protestos.
Doria afirma que vai descontar salário de funcionários que aderirem à greve