O vendedor de morangos Lucas Alexandre Galvão, que teria sido espancado por um policial militar em frente a um supemercado na zona norte de São Paulo, disse à RecordTV que há muito tempo vem sofrendo represália por parte do agressor, além de mostrar a marca deixada em seu rosto pelo agente.
A agressão ocorreu em frente ao supermercado Ourinhos, no bairro Parque Palmas do Tremembé, no último domingo (5). As imagens foram publicadas em uma rede social às 17h10 por um homem, o qual informa que também é vendedor no local.
De acordo com a repórter Merie Gervasio do Balanço Geral, Lucas contou que o policial chegou até ele e ordenou que saísse do local, uma vez que a "calçada pertencia ao supermercado". Em seguida, o vendedor disse que tentou explicar que "ali era o ganha pão dele", mas não obteve sucesso. A partir de então, o PM deu uma coronhada na rosto de Lucas. "Ele já sacou a arma e começou a enfiar o revólver na minha cara. Ficou a marca", conta.
Uma pessoa que mora próximo ao supermercado relatou que o agressor é uma espécie de segurança informal do estabelecimento e que "ele aparece para resolver as coisas por aqui". Ainda de acordo com essa testemunha, não é a primeira vez que os moradores presenciam violência em frente ao mercado. "Não flagrei a agressão ao vendedor de morangos, mas já vi ele dando um tapa na cara de outro rapaz que foi acusado de roubar", afirmou.
O vídeo ainda mostra policiais militares da 2ª companhia do 43ª Batalhão pedindo para o autor do vídeo não filmar o rosto dos agentes. Além disso, um PM diz que “está gravando? Então vai como testemunha também”. Sobre isso, a SSP-SP diz que “a Polícia Militar instaurou procedimento para apurar a conduta dos PMs envolvidos na ação”.
O autor do vídeo, Kleber Cristiano Cataldi, disse à RecordTV que não sabe qual será a resposta do policial. "Estou com medo, porque não sei qual será a represália do policial. Tenho família, tenho criança e eu dependo disso".
Procurado pela reportagem do R7, o supermercado Ourinhos confirmou a agressão, ocorrida no domingo (5), por volta das 16h30. A nota diz que o vendedor de morangos estava "importunando os clientes que entravam ou saiam do estabelecimento" e que o próprio não é funcionário do mercado, mas que estava "com mesa desmontável de frutas na calçada à frente do nosso estabelecimento".
A empresa conta que "destacou um segurança para solicitar a cessação das impropriedades com nossos clientes, o que foi feito". O texto relata que o vendedor de morangos "reagiu com agressividade à conversa, partindo para agressão ao segurança, que se defendeu em legítima defesa". Em seguida, a polícia foi acionada e nenhuma das partes registrou boletim de ocorrência sobre a briga. O mercado continuou com as atividades normalmente após o ocorrido.
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