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Em áudio de 2015, desembargador humilha PM por telefone 

Eduardo Siqueira chamou policial que o atendeu de analfabeta, mesmo termo que usou contra um GCM que o abordou para usar máscara em Santos (SP)

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Um áudio ao qual a Record TV teve acesso com exclusividade mostra o desembargador Eduardo Siqueira, o mesmo que rasgou uma multa aplicada por um GCM (Guarda Civil Municipal) em Santos, no litoral de São Paulo, desrespeitando uma policial militar durante uma ligação realizada em 2005. Na ocasião, ele pedia ajuda para encontrar o filho que havia desaparecido com um carro de luxo.

Eduardo Siqueira falou pela primeira vez a uma equipe de televisão
Eduardo Siqueira falou pela primeira vez a uma equipe de televisão Eduardo Siqueira falou pela primeira vez a uma equipe de televisão

A gravação mostra que o desembargador se altera ao conversar com a PM que o atende. Ele afirma que que está dando uma ordem a ela e que tem poder de um coronel do Exército. Fala também do irmão, que é procurador aposentado, citando o nome inteiro dele e dizendo que a atendente está fora da corporação. Ao conversar com outro PM, chama a policial de analfabeta. O termo foi o mesmo usado para ofender o GCM este ano, quando se negou a colocar a máscara de proteção e foi multado.

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Em nota, a PM esclarece que os responsáveis por atender as ligações são treinados para lidar com as mais variadas situações e que é comum falar com um solicitante nervoso.

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A PM também disse que a corporação tem um sistema de saúde mental e que todo policial militar pode receber atendimento e acompanhamento psicológico. Porém, em nenhum momento, comenta o fato ocorrido entre a policial militar e o desembargador.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que existem cerca de 42 processos contra o desembargador. Quase todos arquivados. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apura o caso.

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Ao Domingo Espetacular, o desembargador falou pela primeira vez à uma equipe de televisão. Ele disse que toma antidepressivo. Sobre o episódio de 2015, falou que passava problemas pessoais e reconheceu ter se alterado com a policial militar. 

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