A Polícia Civil prendeu na manhã desta segunda-feira (18) um empresário suspeito de ter mandado assassinar o advogado Nilson Aparecido Carreira Mônico, de 60 anos, na semana passada na cidade de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.
Conforme a polícia, o crime tem características de execução e pode estar relacionado à atividade profissional do advogado.
De acordo com a investigação, o autor dos disparos entrou sozinho na sobreloja onde fica o escritório do advogado, invadiu a sala e rendeu as pessoas que estavam no interior. Em seguida, fez os disparos, acertando dois tiros no peito e um no rosto de Mônico.
Outro suspeito aguardava o atirador ao volante de um carro, mas o homem foi perseguido e saiu correndo em direção a uma praça. Ele acabou preso na travessa Tenente Osvaldo Barbosa, em frente à prefeitura. Os policiais encontraram a arma usada no crime, um revólver calibre 38, que o atirador havia jogado na rua. Em uma bolsa levada pelo suspeito, foram encontradas fitas de mordaça, abraçadeiras de plástico e uma quantia em dinheiro.
Conforme a polícia, o suspeito teria afirmado que a motivação para o crime foi uma ação trabalhista em que o advogado atuava. Ele e outro homem, que fugiu durante a perseguição, teriam se deslocado de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, para a prática do crime. O advogado chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu antes de chegar à Santa Casa da cidade.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha a investigação. A Subsecção da OAB em Presidente Venceslau emitiu nota lamentando o "fato gravíssimo" e informou ter destacado dois advogados para acompanhar o caso. A Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo informou que também acompanha as investigações.
O R7 tentou entrar em contato com o advogado do empresário suspeito de ter cometido o crime, mas até a publicação da reportagem, ele não possuía advogado constituído, de acordo com a Delegacia de Presidente Venceslau.