O SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas de ônibus da capital, informou que o prejuízo com os três dias de paralisação dos motoristas e cobradores chega a R$ 8,5 milhões. Ainda de acordo com a entidade, 135 coletivos foram danificados durante a greve.
A Sambaiba foi a empresa que mais teve ônibus avariados: 60; a Santa Brigida, a Gato Preto e a ViaSul tiveram 20 veículos danificados e a VIP 15. Alguns coletivos foram apedrejados, tiveram os pneus furados e até correias cortadas.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os fatos em torno da greve de motoristas e cobradores, deflagrada à revelia do sindicato da categoria, na última terça-feira (20). Alguns condutores disseram que foram ameaçados por homens armados e obrigados a parar os ônibus no meio de importantes corredores de São Paulo. O Ministério Público também acompanha o caso.
A greve será julgada na próxima segunda-feira (26) pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Se declarada ilegal, as empresas de ônibus poderão descontar os dias em que os funcionários ficaram parados e até demitir por justa causa.
A lei estabelece que, para ser considerada legal, a paralisação deve ser aprovada em assembleia, avisada com antecedência aos empregadores e, no caso de serviço essencial, como os ônibus, que seja mantido um percentual de coletivos circulando. O movimento grevista não cumpriu nenhuma dessas exigências.
Grevistas dizem estar “sem pudor” e ameaçam parar ônibus novamente
Greve de ônibus em São Paulo é encabeçada por “sindicato paralelo”