A paralisação contra a falta de segurança realizada por motoristas e cobradores na capital paulista, que durou duas horas, nesta quarta-feira (5), pode render multa de até R$ 1.400,00, segundo a SPTrans (São Paulo Transporte). A empresa explica que o descumprimento de partidas é passível de multa de R$ 720 para cada linha, sendo que no caso de reincidência o valor dobra.
Presidente do Sindicato, Valdevan Noventa discursa em protesto
Daia Oliver/R7Por volta das 12h, alguns ônibus começaram a deixar o terminal Dom Pedro I, no centro de São Paulo e na sequência, os demais terminais voltaram ao funcionamento normalizado. O fechamento de todos os 29 terminais da capital ocorreu como forma de protesto contra a falta de segurança da categoria. De acordo com dados do sindicato, 128 ônibus foram queimados neste ano e outros 191 coletivos foram depredados. Em outubro, um motorista morreu após ter cerca de 80% do corpo queimado em um atentado.
Valdevan Noventa, presidente do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano), declarou que espera que este seja o último protesto por esse motivo. No entanto, disse que se os ataques a coletivos não pararem, a categoria irá "radicalizar".
— Se isso continuar, essa cidade vai ficar um bom tempo sem transporte. Não é isso que a categoria quer, mas se a situação não se resolver pode haver uma paralisação em tempo integral.
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