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Encontro nacional de mulheres torcedoras de futebol reúne 350 fãs amanhã em São Paulo

Evento foi todo organizado pela internet e será realizado no Museu do Futebol

São Paulo|Giorgia Cavacchioli e Juca Guimarães do R7

Dadá é torcedora do Timão há 15 anos
Dadá é torcedora do Timão há 15 anos Dadá é torcedora do Timão há 15 anos

Torcer para um time e acompanhar os jogos no meio da torcida pode parecer algo simples e natural para os homens, mas quando se é mulher e quer demostrar o amor por uma camisa de time, as coisas podem ser um pouco mais difíceis.

Infelizmente, as arenas de futebol podem ser um ambiente hostil para as mulheres por conta de xingamentos, "cantadas" e olhares que recebem ao estarem rodeadas por homens. Isso sem contar quando a mulher precisa "provar" que entende do esporte e que "merece" estar ali. O machismo desenfreado é regra dominante nas arquibancadas.

Para as mulheres que gostam de acompanhar jogos e seu time e sabem tudo de futebol, isso não é novidade. Mas a resistência delas está cada vez mais forte e vai ganhar mais um passo importante neste sábado, dia 10. Será realizado o Primeiro Encontro Nacional de Mulheres de Arquibancada, no Museu do Futebol, que fica no estádio do Pacaembu, na zona Oeste de São Paulo.

O evento vai acontecer durante todo o dia e receberá 350 torcedoras dos quatro cantos do país para debater soluções para os problemas que as mulheres enfrentam todos os dias como fãs de seus times.

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De acordo com Dadá Ganam, torcedora do Corinthians, de carteirnha há mais de 15 anos, e uma das organizadoras do evento, é preciso aumentar a intensidade do debate sobre os problemas que as mulheres enfrentam; e buscar como resolver todas as questões para que seja cada vez mais agradável para a mulher estar dentro de um estádio.

— Depois a gente vai sentar e fazer um documento e mandar para as torcidas organizadas. Queremos soluções. Todo mundo tá cansado de saber o que acontece dentro das torcidas, mas quase nada foi feito para mudar isso.

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Ela mesma diz que uma das formas de melhorar o ambiente dentro das torcidas seria reconhecer a mulher dentro da torcida. Uma das formas de legitimar a presença das mulheres nas torcidas. Por exemplo, que elas possam ser eleita como conselheira, ou presidente, respeitando o processo de seleção que já é feito para os homens. "Porque, muitas vezes, as mulheres ficam só responsáveis por fazer ações sociais. São barradas nos processos eleitorais", disse Dadá.

— Além disso, mostrar que a mulher está ali porque ela realmente gosta de estar ali. São essas as minhas principais lutas.

Dadá também conta que o evento foi construído todo virtualmente com a ajuda de outras quatro organizadoras, duas torcedoras do Corinthians, uma do Flamengo e uma do Guarani. "O evento vai contar com torcedoras de todo o Brasil e que representam todos os times para tentar fazer do ambiente do futebol um lugar cada vez mais confortável para as mulheres", afirmou Dadá. Todas as vagas para participar do encontro já foram preenchidas.

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