A Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, denunciada por maus-tratos em seus alunos, funcionou por cerca de 16 anos sem a autorização da Prefeitura de São Paulo, que concedeu a licença à instituição em novembro de 2016. No entanto, uma nota divulgada à imprensa pela própria escola diz que "há 22 anos a instituição trabalha com educação, sempre em parceria e comunicação com as famílias".
No mesmo comunicado, as representantes da escola reconheceram que os vídeos com agressões a alunos foram gravados no local, mas que as imagens são forjadas para prejudicar a instituição. "Mais do que ninguém a instituição quer saber o propósito dessas acusações incabíveis, inverídicas e aterrorizantes que foram expostas", completam.
O R7 entrou em contato com o advogado de defesa da escola sobre a divergência entre a permissão de funcionamento e o trabalho da instituição, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.
As denúncias viraram alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo, que investiga o caso como possível crime de tortura. A prefeitura também abriu apuração, por meio da Diretoria Regional de Educação da área, e ressaltou que repudia "qualquer ato de violência dentro e fora do ambiente escolar".
Mais de 20 pessoas foram ouvidas no inquérito policial até agora, incluindo as proprietárias da escola. O episódio começou a ser apurado depois que vídeos com os maus-tratos foram divulgados nas redes sociais.
Nessas imagens, ao menos quatro crianças estão amarradas com os braços envolvidos em panos em um banheiro — duas delas embaixo da pia. O fato gerou protesto dos pais dos alunos da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, que foram ao endereço da instituição na manhã desta terça-feira (15), com cartazes e gritos de ordem.