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Escritora Lygia Fagundes Telles morre aos 98 anos

Integrante da Academia Brasileira de Letras, ela lançou seu primeiro livro aos 15 anos

São Paulo|Do R7, com Agência Estado

Lygia Fagundes Telles lançou o primeiro livro em 1938, com a ajuda de seu pai
Lygia Fagundes Telles lançou o primeiro livro em 1938, com a ajuda de seu pai Lygia Fagundes Telles lançou o primeiro livro em 1938, com a ajuda de seu pai

Uma das maiores escritoras do país e integrante da Academia Brasileira de Letras, Lygia Fagundes Telles morreu neste domingo (3), aos 98 anos de idade, em São Paulo (SP), de causas naturais. A informação foi confirmada por sua neta, Lúcia, que declarou que a avó não passava por nenhum tratamento de doença. "Ela estava velhinha, não sofreu nada", disse.

Lygia é autora de obras importantes e famosas da literatura brasileira, como Porão e Sobrado (1938), Ciranda de Pedra (1954), Verão no Aquário (1964), Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977), Mistérios (1981) e As Horas Nuas (1989).

Lygia nasceu em São Paulo em 19 de abril de 1923, na rua Barão de Tatuí, no bairro de Santa Cecília. Era a quarta filha de um promotor público (Durval de Azevedo Fagundes) e de uma pianista (Maria do Rosário Silva Jardim de Moura). Mostrou interesse pela escrita desde muito cedo. Com a ajuda do pai, publicou seu primeiro trabalho, Porão e Sobrado, em 1938, aos 15 anos. Dois anos mais tarde, entrou na Escola Superior de Educação Física, em São Paulo. Também se formou em direito, no largo de São Francisco.

Ainda muito jovem, conviveu com Hilda Hilst, Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Em 1947, casou-se com o jurista Gofredo Carlos da Silva Telles, com quem teve um filho, Gofredo da Silva Telles Neto. Separou-se em 1960, e, em 1963, casou-se com Paulo Emílio Sales Gomes, crítico de cinema e professor.

As Meninas, um de seus livros mais conhecidos, foi lançado em 1973 e deu a Lygia alguns prêmios importantes, entre eles o Jabuti. Como consequência de seu trabalho, em 1987 a escritora entrou para a Academia Brasileira de Letras, onde ficou com a cadeira de número 16. Em 2005, ela ganhou o prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra.

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