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'Essa foi a vida que ele escolheu', diz mãe de suspeito de atirar em aluno na USP

Vítima foi baleada nas costas e passou por cirurgia; polícia investiga se ele reagiu ao assalto

São Paulo|

Cardoso foi baleados nas costas na USP
Cardoso foi baleados nas costas na USP Cardoso foi baleados nas costas na USP

A mãe de um dos adolescentes suspeitos da tentativa de assalto dentro do campus da USP (Universidade de São Paulo), nessa terça-feira (1º), em que um aluno foi baleado, foi ao 91º Distrito Policial — Ceasa buscar informações sobre o filho, de 16 anos. A mulher de 30 anos contou que o rapaz cumpriu medido socioeducativa na Fundação Casa por um ano e três meses em razão de um sequestro e lamentou as escolhas do adolescente.

— Não sei mais o que fazer. Essa foi a vida que ele escolheu.

Ela explicou que costuma chegar em casa, perto da Cidade Universitária, à noite, enquanto o filho está na escola — Ele cursa a 7ª série do ensino fundamental. Nessa terça, ela estranhou o desaparecimento do adolescente e perguntou na vizinhança o que havia acontecido. Foi quando descobriu que o filho havia sido detido pela polícia.

Outros dois adolescentes suspeitos do crime foram detidos por policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) e do 16º Batalhão, sendo que um deles estava armado com um revólver calibre .22, que tinha uma cápsula deflagrada. O trio, de acordo com os policiais militares, confessaram a tentativa de roubo no momento da detenção, mas teriam voltado atrás da versão em depoimento na delegacia.

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O estudante Alexandre Simão de Oliveira Cardoso, de 28 anos, levou um tiro nas costas, que atravessou seu tórax, nas imediações do prédio onde estuda. A vítima foi levada ao Hospital Universitário e passou por cirurgia. Cardoso havia saído da aula mais cedo.

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A assessoria da universidade informou que os criminosos abordaram o aluno nas proximidades do prédio em que ele estuda. Segundo a Polícia Militar, eram 20h58 quando ela recebeu um chamado sobre um crime, na avenida Professor Luciano Gualberto. Estudantes relataram que Cardoso estava indo embora do câmpus, dirigindo-se ao seu Fox, parado na frente do prédio da Letras, quando foi abordado pelos bandidos.

De acordo com a USP, ele foi socorrido pela Guarda Universitária no local e, depois, encaminhado para o HU (Hospital Universitário), onde passou por cirurgia. A polícia ainda investiga se o aluno reagiu ao assalto.

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Agentes do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prestam apoio nas investigações do caso. A polícia buscava testemunhas que pudessem reconhecer os suspeitos. Três alunas de Letras chegaram a ser ouvidas, mas estavam a 300 metros do local da ocorrência e relataram apenas ter ouvido o disparo e pessoas correndo pelo matagal próximo.

Liberados

Estudantes de Letras disseram que algumas salas de aula do prédio foram liberadas mais cedo, por causa do ocorrido, segundo a aluna Brenda Morais, de 22 anos.

— Eu estava na sala quando alunos do Caell (Centro Acadêmico do curso de Letras) entraram e pediram para falar com o professor. Ele deixou para nós decidirmos se queríamos ficar. A minha sala optou por continuar a aula.

De acordo com Brenda, os integrantes do Caell informaram o que havia acontecido. E disseram que existia a chance de os criminosos ainda estarem circulando pelo campus.

Gabriela Miragaia, também de 22 anos, explicou que não houve correria nem pânico.

— Não teve tumulto. Teve gente que diz que ouviu os tiros, e uma amiga minha disse que viu o menino ensaguentado no abdome. Ele tinha saído às 21 horas e foi para o estacionamento. Algumas pessoas relataram que ele pediu socorro (depois de ser baleado).

A USP e a Secretaria da Segurança Pública vão adotar um novo modelo de policiamento no campus Butantã. A Polícia Comunitária, que terá de 80 a 120 policiais, deve entrar em funcionamento neste mês. Conforme o que já foi definido, os PMs que vão atuar na USP serão jovens — na faixa etária dos alunos da universidade.

Recuperação

O aluno passa bem, segundo a reitoria da universidade. Após cirurgia no Hospital Universitário, ele segue internado e apresenta "boa recuperação", informou a instituição, em nota, nesta quarta-feira (2). No texto, a reitoria ainda disse que lamenta profundamente o crime. "Garantir a segurança dos usuários do câmpus tem sido uma das principais metas da administração central da universidade", acrescentou.

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