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'Estado não é obrigado a avisar sobre operação', diz secretário de segurança

Ação contou com mais de 600 agentes contra tráfico de drogas na Cracolândia

São Paulo|

Megaoperação aconteceu na manhã de sexta-feira (5)
Megaoperação aconteceu na manhã de sexta-feira (5) Megaoperação aconteceu na manhã de sexta-feira (5)

Após realizar uma megaoperação envolvendo mais de 600 agentes contra o tráfico de drogas na Cracolândia, no centro da capital, o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou nesta segunda-feira (8), que o Estado não tem obrigação de avisar previamente a Prefeitura de São Paulo sobre ações policiais na região.

— A ação era contra o tráfico de entorpecente, não contra as pessoas que estão no local chamado de 'fluxo.

Os policiais chegaram ao local por volta das 6 horas. Eles entraram em hotéis e comércios para fazer buscas e prender suspeitos. A ação pegou de surpresa a GCM (Guarda Civil Metropolitana), que tem base fixa na Cracolândia, além de equipes de saúde e assistência social da Prefeitura que trabalham no programa De Braços Aberto, de redução de danos para os usuários de drogas.

GCMS e profissionais da saúde ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo criticaram a "operação-surpresa" na sexta, com argumento de que a presença dos policiais agitava os usuários e também colocava em risco a "relação de confiança" com os agentes municipais.

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— Não existe obrigação do Estado de avisar que vai realizar uma operação contra o tráfico de entorpecente..

Batizada de Operação Marrocos, a ação foi coordenada pelo Denarc (Departamento de Narcóticos) e acabou com a prisão de 32 pessoas - 5 delas em flagrante. Entre os presos, estavam líderes do MSTS (Movimento Sem Teto de São Paulo), acusados de agir em parceria com o PCC (Primeiro Comando da Capital) para consolidar o tráfico de drogas na Cracolândia. Segundo as investigações, eram movimentados 10 quilos de droga por dia, que rendem cerca de R$ 4 milhões por mês.

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O secretário da Segurança Pública também comentou a ação simultânea ocorrida no Cine Marrocos, no centro, ocupado pelo MSTS em 2013.

— É bom deixar bem claro tudo isso: não precisávamos avisar também do ingresso no prédio do Cine Marrocos porque, apesar de ser uma área da Prefeitura, a Prefeitura pediu suspensão da reintegração. É uma operação policial que tem de ser executada dentro de um sigilo, dado até o tamanho da operação.

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Em coletiva na última sexta-feira (5), o prefeito Fernando Haddad (PT) evitou emitir opinião sobre o caso.

— O combate ao tráfico de drogas é assunto do governo do Estado.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou, no entanto, que a gestão municipal avaliou que a operação foi menos repressiva do que em ocasiões anteriores. Houve registro de três feridos.

— O prefeito (Haddad) entendeu perfeitamente essa situação. Eu conversei com o prefeito no dia da operação, não há nenhum tipo de mal entendido.

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