O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira (9), que tem mantido o diálogo com o MPE (Ministério Público Estadual) para garantir a abertura para pedestres e ciclistas da avenida Paulista aos domingos sem recorrer à judicialização. O MPE pediu nesta quinta-feira (8), que a gestão municipal feche a via parcialmente, garantindo uma faixa de rolamento para a passagem de veículos. O órgão solicitou ainda um novo período de testes, entre quatro e seis meses, além de mais audiências públicas.
— Estamos tentando evitar a judicialização como aconteceu com as ciclovias, com a redução da velocidade, com a faixa de ônibus. Não precisa judicializar tudo, mesmo porque a Prefeitura tem se dado bem nesse sentido.
Haddad disse que a Prefeitura vai "esgotar todas as possibilidades" antes de decidir pela abertura da avenida.
Como alternativa ao fechamento total da avenida Paulista para veículos aos domingos, o MPE-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) sugeriu, após reunião com a Prefeitura nesta quinta-feira (8), que a Prefeitura mantenha aberta para carros uma faixa de rolagem em cada sentido (Consolação e Paraíso). O promotor de Habitação e Urbanismo José Fernando Cecchi Júnior pediu que a Prefeitura faça novos testes e "diversas" audiências públicas.
Segundo Haddad, a CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) vai avaliar a sugestão do MPE.
— O que pedimos para a CET verificar é a questão da segurança. Se deixar uma faixa de rolamento, será que o projeto se mantém seguro? Porque pode não ser seguro. Pode ser bom para o veículo e ruim para o cidadão. Se não for seguro, vamos levar ao conhecimento do MPE que isso vai trazer insegurança.
O prefeito voltou a afirmar que, se preciso, serão feitas novas audiências públicas para discutir o fechamento da Avenida Paulista para veículos. Haddad destacou a importância de fazer oitivas com a sociedade, mas lamentou a baixa adesão.
— Ela é limitada. Por mais barulho que você faça, o número de pessoas que comparece é sempre muito limitado.
Haddad disse que ainda não sabe se a Prefeitura voltará a fazer testes na Avenida Paulista e que conversou nesta quinta-feira com o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, para avaliar a "conveniência de manter essa questão híbrida".
— Qual é a vantagem de ter uma faixa diante da desvantagem da insegurança? Vamos analisar.
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