O ex-secretário da Educação Herman Voorwald negou ter recebido propina, conforme relatou o presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), Cássio Chebabi.
— Não recebi nada de ninguém. Eu tenho quase 40 anos de vida pública, nunca recebi absolutamente nada que não fosse fruto do meu trabalho. Nunca houve, não há e nunca haverá nenhum recurso que eu não tenha recebido de forma legítima em toda a minha vida. É um absurdo [a denúncia de que teria recebido R$ 100 mil], não tem a menor consistência a fala dessa pessoa [Cássio Chebabi]. Não o conheço.
Voorwald completa:
— As pessoas na secretaria me conhecem, conhecem a minha história. Algum investigado pode ter usado meu nome no sentido de criar uma confusão.
O ex-secretário disse ainda que não conhece a empresa Citro Cardilli, citada por Chebabi, e afirmou que existe na secretaria uma coordenadoria que cuida de merenda e de obras.
— O relacionamento na área da merenda é da Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares. Estou mesmo estarrecido, imagina alguém com uma postura política extremamente correta de repente se vendo envolvido [no escândalo das merendas]. Essa informação não procede em hipótese alguma. Todo o processo licitatório, tudo é comandado pela área técnica que, depois, leva o expediente para decisão do secretário da Educação.
Contrato
A direção da Citro Cardilli rechaçou a citação à empresa nos autos da Operação Alba Branca e afirmou que a denúncia é "absurda e infundada". "O sr. Cássio (Chebabi) relata que a empresa já era fornecedora há mais de 20 anos, quando na verdade teve apenas um único contrato por um ano", disse a empresa. "A Citro Cardili não tem mais contrato com a Secretaria de Educação do Estado desde 2012", informou a empresa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.