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Família de aeromoça encontrada em mala acredita que há terceira pessoa envolvida no crime

Delegado do caso espera que investigações sobre a hipótese seja feita na cidade do casal

São Paulo|Do R7

Michelli Nogueira, 31 anos, aeromoça
Michelli Nogueira, 31 anos, aeromoça Michelli Nogueira, 31 anos, aeromoça

A família de Michelli Nogueira, 31 anos, aeromoça encontrada morta nesta segunda-feira (9) dentro de uma mala de viagem na rodovia Dom Pedro I, em Nazaré Paulista, suspeita que uma terceira pessoa esteja envolvida em seu assassinado e no suposto suicídio de seu companheiro, Julio Arrabal. Ele foi encontrado morto por enforcamento na casa do casal, no município de Sumaré, também na última segunda-feira. Os enterros aconteceram nesta quarta-feira (11) pela manhã.

A suspeita de uma terceira participação foi anunciada hoje cedo pelo cunhado da aeromoça, Matheus Barbosa, em entrevista para a Rede Record. Segundo ele, a família acha estranho uma faca ensanguentada ter sido encontrada na casa do casal, mas o corpo de Michelli não ter sinal de esfaqueamento.

— A Michelli foi esmurrada até a morte ou asfixiada. Achamos que tem a participação de terceiro [...] Esperamos que a polícia faça o trabalho dela e traga resultados o mais rápido pra gente.

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Também em entrevista para a Rede Record, o delegado Luiz Carlos Ziliotti, que acompanha o caso Nazaré Paulista, afirmou trabalhar com a hipótese de Arrabal ter cometido o assassinato de Michelli e ter quisto ocultar o corpo. “No desespero, ele forçou em ocultar o cadáver e fez isso de uma forma uma pouco desastrada”, avalia.

— Como relação ao terceiro participante, eu não descarto, mas isso deve ser investigado pelas autoridades locais. Uma vez que o crime se consumou em Sumaré.

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Para Marcelo Moreschi Ribeiro, delegado que acompanha o caso em Sumaré, a principal hipótese é a de que Arrabal realmente tenha se suicidado e que Michelli tenha sido morta na casa do casal, devido às marcas de sangue encontradas no local.

— O vestígio aponta que ela pode ter sido morta aqui [em Sumaré] e transportada para lá [Nazaré Paulista]. A suspeita de uma terceira pessoa é novidade para mim. O próprio delegado de Nazaré escreveu que a faca pode estar relacionada com a morte dela.

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Familiares e vizinhos do casal começaram a ser escutados hoje na delegacia. 

Velório de Michelli aconteceu no Cemitério da Saudade, em Sumaré
Velório de Michelli aconteceu no Cemitério da Saudade, em Sumaré Velório de Michelli aconteceu no Cemitério da Saudade, em Sumaré

Segundo o delegado José Henrique Ventura, responsável pela Seccional de Bragança Paulista que segue à frente do inquérito, o corpo de Arrabal possuía cortes superficiais. Para ele, isso sugere que ele não teria conseguido se suicidar dessa maneira e tenha optado pelo enforcamento.

Ventura ressalta que não há qualquer indício que sustente a possibilidade do envolvimento de uma terceira pessoa no crime.

— É natural que a família busque uma resposta emocional para um crime tão cruel, mas Michelli foi morta asfixiada, por estrangulamento, após ser agredida.

O Seccional Ventura aguarda o resultado das provas técnicas realizadas pela perícia científica tanto nos corpos quanto nos locais onde foram encontrados para certificar se há outro DNA além dos dois. 

Drogas

O delegado Ribeiro diz que, além da faca ensanguentada, também foram encontrados na casa invólucros de cocaína.

Os familiares de Michelli afirmam que, nos últimos meses, ela vinha reclamando do vício de Arrabal nas drogas. Ele chegou a ser internado quatro vezes em clínicas de reabilitação e estava desempregado por conta disso.

Descontente, Michelli ameaçou, por muitas vezes, sair de casa e deixar o marido. O medo dessa ameaça teria levado o marido a tirar a vida da esposa.

Segundo a polícia, Julio Arrabal já havia sido preso em 2012 por não pagar pensão alimentícia.

Ele foi enterrado no Cemitério Municipal de Santo Antônio do Jardim e Michelli, no Cemitério da Saudade, em Sumaré. 

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