A família do artista plástico Wellington Copido Benfati, conhecido como NegoVila, que morreu baleado após uma discussão com um policial militar em um bar na Vila Madalena, entrou na Justiça pedindo R$ 200 mil de indenização por danos morais e materiais.
A família de NegoVila, morto no dia 28 de novembro do ano passado, move ação contra o Estado e o policial militar sargento Ernest Decco Granaro, que está preso.
De acordo com as investigações, NegoVila e o sargento iniciaram uma discussão no bar, seguida por agressões físicas. Durante a briga, o policial sacou uma pistola e deu um tiro para o alto. Ainda conforme as apurações, houve correria e o artista plástico caiu no chão, quando foi baleado.
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Segundo testemunhas, quando a vítima estava caída, o policial se aproximou e já estava pronto para fazer outro disparo, mas uma amiga se jogou sobre o corpo do artista e implorou para o sargento não atirar mais.
Para Polícia Civil, à época, o policial militar disse que atirou para se defender, pois durante a briga várias pessoas tentaram tomar a arma dele.
Segundo o advogado da família, o pedido é para que a filha de NegoVila, hoje com 10 anos, tenha uma pensão e não passe dificuldades financeiras e "em virtude da ação do agente do Estado, com uma arma disponibilizada por este."
O advogado enxerga um "nexo de causalidade muito palpável entre a morte de NegoVila e a conduta estatal".
Questionada pela reportagem, a PGE-SP (Procuradoria Geral do Estado de São Paulo) informou que o Estado ainda não foi intimado no processo e que "tão logo ocorra a intimação, analisará o conteúdo para a adoção de medidas cabíveis".