Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Família de zelador esquartejado se emociona em 2º dia de julgamento

Sentença do casal deve acontecer nesta quarta-feira (4)

São Paulo|Do R7*

Frente do prédio em que moravam os réus e o zelador esquartejado
Frente do prédio em que moravam os réus e o zelador esquartejado Frente do prédio em que moravam os réus e o zelador esquartejado

O segundo dia de julgamento do casal Eduardo e Ieda Martins, acusados de matar e esquartejar o zelador Jezi Lopes de Souza em 2014, teve o interrogatório dos réus e o início dos debates entre defesa e acusação nesta teça-feira (3). A juíza Flávia Castellar Olivério ouviu 11 testemunhas no primeiro dia de julgamento

O interrogatório de Eduardo Tadeu Pinto Martins iniciou os trabalhos às 10h45 e durou cerca de duas horas. No seu depoimento o réu afirmou ter tido a intenção de agredir o zelador, mas não de matá-lo. O réu mostrou frieza em sua fala e não alterou o tom de voz em nenhum momento.

As atividades foram retomadas no início da tarde com o interrogatório de Ieda Cristina Martins, advogada e esposa de Eduardo, acusada de ser partícipe dos crimes. Em seu depoimento, que também durou pouco mais de duas horas, Ieda negou envolvimento no crime e disse não saber o que tinha nas malas do marido, em que o corpo do zelador estava escondido em pedaços. Apesar de bastante articulada, Ieda mostrou nervosismo e chorou.

O fim do dia teve ainda os debates, que começaram a defesa, que por 2h30 ele tentou desmontar os argumentos dos réus. A defesa, que começou a falar às 20h30, teve o mesmo tempo.

Publicidade

O promotor Eduardo Luiz Michelan Campana mostrou a última imagem de Souza no elevador minutos antes de ser assassinado. Familiares do zelador presentes no plenário se emocionaram com a cena. A promotoria apontou ainda contradições nos depoimentos de Martins.

Durante o discurso do promotor Ieda ficou inquieta, já Eduardo se manteve com as mãos cruzadas e a cabeça abaixada praticamente durante todo o tempo.

Publicidade

A estratégia de defesa dos réus é tentar inocentar Ieda.

Nesta quarta-feira (4) o dia começa com a réplica da defesa e a tréplica da acusação totalizando 9 horas de debate. A expectativa é que a sentença seja dada no mesmo dia.

Publicidade

O crime 

A morte do zelador aconteceu no fim de maio de 2014. Depois de ficar desaparecido por três dias, o corpo do zelador foi encontrado esquartejado e com sinais de queimadura na casa do pai de Martins, na Praia Grande, no litoral sul paulista em 2 de junho. No mesmo dia, o casal teve prisão temporária decretada.

O zelador trabalhava em um edifício, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo. Lá, foi visto pela última vez entregando correspondência - momento filmado pelo sistema de monitoramento do prédio. Para as investigações, ele foi morto por asfixia.

Segundo testemunhas, o casal tinha histórico de desentendimentos com Souza. Para a acusação, uma briga na garagem do prédio teria motivado o crime.

À Polícia Civil, o publicitário chegou a confessar ter brigado com o zelador, mas afirmou que a morte foi acidental. Segundo a versão de Martins, Souza teria batido a cabeça no batente da porta.

De acordo com os investigadores, o publicitário usou um serrote para cortar a vítima e tentou queimar as vísceras do zelador. Segundo a acusação, Ieda teria tentado encobrir o crime e ocultar o corpo, ajudando o marido a pôr a mala, onde estava a vítima, em um carro. Os dois negam as acusações.

* Ana Beatriz Azevedo, estagiária do R7

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.