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Família faz "vaquinha" para pagar golpe da filha na Grande SP

Jovem se passava por artesã e vendia lembranças de aniversário infantil pelas redes sociais

São Paulo|Caroline Apple, do R7

A família de uma suposta estelionatária está bancando os golpes que a filha aplicou em pelo menos 100 pessoas em grupos de desapegos no Facebook. A suspeita oferecia os serviços de confecção de lembrancinhas de aniversário infantil e pedia pagamento antecipado para começar a produção, porém, nunca entregou nenhuma das encomendas e ficou com o dinheiro das vítimas.

K.C. é mãe de Diana Coelho de Souza, que se apresenta nas redes sociais como Diana Miguel. Em entrevista ao R7, a mãe da suspeita afirmou que não é a primeira vez que a família tem que cobrir os valores dos golpes aplicados por Diana. Um caso semelhante aconteceu no ano passado e as vítimas teriam sido ressarcidas, de acordo com K.C..

— Minha filha é muito inteligente, mas usa a inteligência de forma errada. Eu e o pai dela estamos tentando devolver o dinheiro para as pessoas lesadas. Só fazemos isso porque não sabemos qual seria a reação dos avós dela diante do problema.

Uma das desculpas usadas por Diana para não cumprir com os acordos era de que o filho, de 2 anos, tinha morrido após sofrer complicações por causa da hidrocefalia. Acontece que a criança está viva e muito bem de saúde, como conta a mãe da suspeita.

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— Entrei com o pedido da guarda do meu neto, porque alguém que inventa uma história dessa não tem condições de criar uma criança. No dia que ela disse que meu neto tinha morrido ele, na verdade, tinha caído da cama e batido a cabeça com força e precisou de atendimento médico.

Algumas vítimas registraram Boletins de Ocorrência, segundo D.F.. A vítima, que preferiu não se identificar, montou um grupo no Facebook chamado "Caso Diana" para agrupar as queixas.

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— No começo, 23 mulheres faziam parte da conversa. Aí a mãe da Diana devolveu o dinheiro para 11 delas e elas saíram do grupo. Mas nesta segunda-feira (1) mais três vítimas entraram. Toda vez que aparece uma publicação em um grupo sobre o caso, logo me marcam. Decidi que agora elas devem tratar diretamente com a mãe da Diana para tentar receber o dinheiro de volta.

D.F. é a ponte entre a mãe da suspeita e as vítimas. É ela que pega os dados bancários para devolução e repassa para K.C. que, na semana passada, afirmou que até essa segunda-feira (1) devolveria todo o valor. Mas, de acordo com as vítimas, isso ainda não aconteceu.

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Diana entrou em contato com a reportagem na última quarta-feira (26), afirmando que resolveria o "problema" até o dia seguinte. E, no sábado (29) afirmou que estava tudo resolvido. Porém, como apurado pelo R7, a situação continua em aberto e a conta do Facebook da suspeita foi desativada.

A cabeleireira Daniela Helena, de Santo André, Grande SP, é uma das pessoas lesadas por Diana. Daniela entrou em contato com a suspeita após ver um anúncio publicado por ela em um dos grupos de desapego do qual faz parte no Facebook. A ideia era comprar os mimos para serem distribuídos no aniversário do seu filho, que será no próximo dia 12.

— Conversei com a Diana. Ela me mandou fotos das sacolinhas, disse que poderia customizar as peças com o nome do meu filho. Foi então que ela disse que eu precisaria pagar antecipadamente pela encomenda, porque já estava com um preço bom. Fiz o depósito no dia seguinte no valor de R$ 120 e marcamos a entrega para o dia 30 de agosto. Aí então ela desapareceu. Até agora não consegui meu dinheiro de volta e tive que correr atrás de lembrancinhas novas para a festa.

O valor dos golpes aplicados deve ultrapassar R$ 1.500. Os prejuízos individuais vão desde valores mais baixos, como R$ 30, até valores mais altos, como R$ 300. Mesmo assim, as vítimas querem ter o dinheiro devolvido e que Diana pare de aplicar golpes. 

Para as vítimas, a mãe da suspeita tem uma sugestão.

— Vejam de quem compram coisas pela internet. Se tivessem me procurado eu já teria falado quem era a minha filha. Foram ingênuas.

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