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"Fiquei mais triste por estar com meu filho" diz vítima de racismo

Leandro Eusdacio estava na rua quando sofreu ofensas racistas de mulher desconhecida. Agressora foi identificada mas ainda não foi localizada

São Paulo|Mariana Morello, do R7*

Leandro foi ofendido por uma desconhecida enquanto andava na rua com o filho
Leandro foi ofendido por uma desconhecida enquanto andava na rua com o filho Leandro foi ofendido por uma desconhecida enquanto andava na rua com o filho

Leandro Eusdacio, o auxiliar de serviços gerais de 39 anos que foi vítima de racismo no sábado (12), lamentou ter passado pela situação ao lado do filho de 11 anos. "Fiquei mais triste por estar com meu filho. A mulher não mexeu com ele, felizmente, mas foi uma situação horrível", conta o auxiliar. 

Leandro havia ido buscar o filho, no bairro do Jabaquara, depois de ficar cinco meses sem ver o menino em razão da pandemia do novo coronavírus. Na volta para casa, os dois atravessaram a rua para a mesma calçada em que uma mulher, identificada como Luciana, estava. 

De repente a mulher se dirigiu a Leandro o chamando de "macaco" e "preto fedido". Depois de um tempo de discussão, a vítima resolveu gravar a agressão em um vídeo que viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ouvir a mulher o chamando de "macaco, preto, chimpamzé, orangotango", pedindo para que ele saísse de perto dela. "Lixo, fedido", berra a agressora.

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Agressora identificada como Luciana ainda não foi encontrada pela polícia
Agressora identificada como Luciana ainda não foi encontrada pela polícia Agressora identificada como Luciana ainda não foi encontrada pela polícia

Leandro contou que nunca havia vivido uma situação de racismo como essa e que não consegue assistir ao vídeo. "O que eu mais quero é justiça, que encontrem ela e que façam justiça. [Quero] que sirva de exemplo para muitos que passarem pela mesma situaçao não ficarem quietos", diz a vítima. 

A mulher ainda desafiou Leandro a postar o vídeo nas redes sociais, dizendo que tiraria dinheiro dele porque filmar alguém sem consentimento é crime. Porém, não existe ainda no Brasil uma lei específica sobre usos e direitos de imagem.

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Quando a vítima e o filho dele estavam indo embora, Luciana começou a ofender a mãe de Leandro - que não estava presente no momento. "Ela começou a xingar a minha mãe, ela ofendeu a minha mãe chamou ela de preta faxineira", lamenta. 

Leandro registrou um boletim de ocorrência por injúria racial e acompanha o andamento do processo. Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), afirmou que a mulher já foi identificada mas, ao ser procurada em casa para a realização de diligências, não foi localizada.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Ingrid Alfaya

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