“Ele gostava de brincar só na cama, e eu gosto de brincar na rua”, conta João, de três anos, vítima de abuso sexual. Frases verídicas de crianças estampam uma campanha para incentivar denúncias de casos ao disque 100, serviço mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
A Ong Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) lançou a campanha no dia 18 deste mês, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em 2014, o disque 100 recebeu 26 mil ligações denunciando abusos sexuais
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A Ong fica em São Paulo e faz atendimento às vítimas e também a abusadores
Não tenha medo de denunciar alguém da família, marido/mulher, padrasto, ou qualquer outra pessoa. É muito comum o receio de denunciar por talvez achar que a criança está mentindo ou porque a família será desestruturada depois do "escândalo". Traumas vividos pela vítima podem se tornar irreversíveis. Quanto mais tempo ela viver o estupro, mais traumatizada ela poderá ficar para o resto da vida
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Crianças abusadas tendem a mudar de comportamento dentro de casa e na escola. Os pais devem observar o comportamento
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Repare se seu filho passou a se excluir da família, voltou a fazer xixi na cama, chupar o dedo, tem transtornos alimentares, repulsa à figura masculina (caso tenha sido abusado por um homem)
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Se os pais desconfiarem de qualquer possibilidade de abuso, mas não conseguirem identificar em que lugar, pessoa e situação ele ocorre, o ideal é buscar a ajuda de psicólogos antes mesmo de chamar a polícia
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Do total de crianças abusadas em 2014, 48% das crianças e adolescentes foram agredidas dentro de casa e 23%, na casa do próprio suspeito
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Nos casos registrados no período entre janeiro de 2012 e março de 2014, 60% dos abusos sexuais não foram cometidos por parentes da vítima. Em 15% das ocorrências, o suspeito era o pai; em 10%, o padrasto; em 15%, outro grau de parentesco, como avô, tio ou primo
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Em 80% dos casos de abuso sexual, as vítimas são meninas
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A escola tem um grande papel na identificação de vítimas. Funcionários e toda a direção têm o papel social de denunciar à polícia e orientar em situações de abuso sexual