Quatro anos depois de ter confessado o assassinato e esquartejamento do próprio marido, o empresário Marcos Matsunaga, Elize Matsunaga sentou-se nesta segunda-feira (28) no banco dos réus. De roupa preta e camisa social, as mãos sobre o colo, coluna ereta, Elize se emocionou antes do início do julgamento. Discretamente, enxugou as lágrimas com um lenço de papel
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Por volta das 11h45, os jurados iniciaram a leitura de parte do processo. Nos 45 minutos dessa etapa do júri, Elize chegou a se emocionar em mais duas ocasiões. Como na primeira vez, enxugou as lágrimas com o lenço e continuou na mesma posição. Após o terceiro momento em que chorou, uma das advogadas de defesa deixou o plenário e retornou com um copo e açúcar para preparar para Elize
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A primeira testemunha a ser ouvida nesta segunda-feira foi Amonir Hercília dos Santos, babá da filha de Elize aos fins de semana. Quando questionada pelos advogados de defesa se Elize era uma boa mãe, a acusada voltou a chorar. A testemunha respondeu que sim
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O clima do primeiro depoimento teve um momento de desentendimento entre a promotoria e a defesa de Elize. Durante as perguntas do promotor, os advogados de Elize interromperam o depoimento para dizer que a testemunha estava sendo induzida nas respostas. O desentendimento durou poucos minutos e as perguntas foram retomadas
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O júri que irá definir o futuro de Elize Matsunaga é formado por quatro mulheres e três homens. Ainda não se sabe, entretanto, o dia do veredito. O plenário do júri no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital, está reservado até sexta-feira (2)
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Os 180 lugares para convidados do plenário 10 estavam lotados no início do júri
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O juiz Adilson Paukoski será o responsável pela sentença de Elize
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José Carlos Cosenzo, promotor do caso, disse estar convencido de que há provas técnicas suficientes para comprovar que Elize matou e esquartejou o marido de forma premeditada e que o crime não foi passional
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Elize chegou por volta das 9h no Fórum Criminal da Barra Funda, levada em um comboio do presídio de Tremembé, onde está presa desde 2012. Ela permanecerá em São Paulo até o fim do júri
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A ré é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel), além de destruição e ocultação de cadáver.