Nesta terça-feira, às 17h, os pais da adolescente de 14 anos que foi espancada por sete colegas na porta da escola em Guarulhos, na Grande SP, irão ficar frente a frente com os pais das agressoras em uma reunião marcada pela diretora do colégio.
Gilmar Oliveira, pai da vítima, afirmou ao R7 que não está seguro sobre o encontro promovido pela escola e acredita que pode haver desentendimentos.
— Não sei se os pais são iguais aos filhos ou se eles [filhos] se comportam de forma diferente quando estão longe dos pais. Para me resguardar, vou levar meu advogado comigo
Oliveira conta que estão tentando "justificar" as agressões dizendo que sua filha teria chamado uma das agressoras de "vagabunda".
— Isso não aconteceu. Percebo que querem virar a situação, mas, mesmo que ela tivesse xingado uma das meninas, a agressão ainda seria injustificável
Reprodução/Rede Record
A garota estava caminhando até o ponto de ônibus depois da aula quando foi cercada e encurralada contra um muro pelas colegas.
— Foi tudo muito do nada para mim
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O grupo deu socos, pontapés e puxou o cabelo da vítima. Durante o espancamento, ela chegou a cair no chão e as agressões continuaram
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A garota conseguiu contar ao menos sete meninas, mas uma oitava pessoa estaria envolvida e teria sido a mandante da surra
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A garota conta que ficou com muitos galos na cabeça, além de arranhões e hematomas pelo corpo
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Com a ajuda de um amigo, ela conseguiu escapar das agressoras e correu de volta para a escola.
No meio do caminho, apanhou de novo, mas conseguiu chegar ao portão, onde recebeu a ajuda de um funcionário da escola
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O pai da jovem foi chamado e ela foi levada direto a um hospital.
— Ela estava tremendo muito, muito abalada com um tufo de cabelo na mão
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A vítima diz que não sabe ao certo o porquê da agressão, mas acredita que o motivo pode ter sido ciúmes.
— Inveja mesmo, eu acho
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No hospital, a jovem também encontrou com a mãe. Muito abalada, ela desabafou.
— A gente manda um filho para a escola cedo e não sabe como ele vai voltar para casa
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Todas as alunas que a agrediram estudam de manhã e têm entre 14 e 17 anos. A vítima não sabe onde elas moram e diz não ser amiga de nenhuma delas. A garota só conhece a suposta mentora do espancamento, que estuda na mesma classe
As agressoras foram suspensas das aulas por dez dias.
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O caso foi denunciado e, por serem menores, todas foram enquadradas no ato infracional de lesão corporal