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Gritos, vozes e vultos: conheça histórias de horror que assombram cenários de tragédias em SP

Moradores garantem que fantasmas de vítimas ainda rondam esses locais

São Paulo|Do R7

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Para marcar a primeira Sexta-Feira 13 deste ano, o R7 percorreu alguns endereços de São Paulo que guardam histórias assombrosas. O som de um piano que sai de uma casa vazia, os elevadores que se movem sozinhos e a imagem da mulher de branco segurando um bebê são alguns dos relatos de vizinhos ou funcionários de imóveis onde aconteceram tragédias. Você teria medo de frequentar locais como esses? Conheça alguns casos Reportagem: Fernando Mellis, do R7
Na maioria dos casos, os boatos sobre assombrações envolvem lendas urbanas e locais de tragédia, segundo o professor de geografia Paulo Roberto Moraes. Localizado na esquina da avenida São João com a rua Apa, no centro de São Paulo, o casarão conhecido como Castelinho da rua Apa foi palco de um crime em família, no dia 12 de maio de 1937. Os irmãos Álvaro Cezar e Armando Cezar dos Reis, de 45 e 43 anos, respectivamente, foram encontrados mortos junto com a mãe, Maria Cândida dos Reis, de 74 anos. Os Reis eram de uma rica família de São Paulo. Em uma investigação rápida e que levantou polêmicas, a polícia concluiu que Álvaro havia matado a mãe e o irmão e se suicidado
O motivo do crime teria sido uma discussão entre os dois irmãos sobre investimentos que Álvaro queria fazer com o dinheiro da família e que Armando não concordava. Durante uma discussão, a mãe teria tentado apartar a briga e acabou baleada. A arma do crime estava no nome de Álvaro, o que levou os investigadores a acreditarem na hipótese de duplo homicídio seguido de suicídio. Os corpos foram encontrados no escritório e na sala
Os corpos de Álvaro e Armando foram enterrados no cemitério da Consolação. O da mãe foi sepultado no cemitério da Ordem Terceira do Carmo. Segundo o professor Paulo Roberto Moraes, tornou-se conhecida a história de que Maria Ângela Cunha Bueno, a dona Baby, namorada de Álvaro, levava uma flor todos os dias ao túmulo dele. Posteriormente, ela teria pago uma floricultura para fazer isso. Dona Baby morreu em 1988, aos 97 anos
Hoje o Castelinho da rua Apa está sob responsabilidade de uma ONG (Organização Não Governamental) que busca recursos para reformá-lo. Os funcionários da organização garantem ter ouvido histórias de vozes e vultos sobre o local 
A casa onde morou a rica herdeira Sebastiana de Freire Mello, conhecida como dona Yayá, é um dos lendários imóveis  mal-assombrados de São Paulo. Sozinha e considerada louca, dona Yayá permaneceu trancada dentro do imóvel, na rua Major Diogo, no centro da capital, por 40 anos. O único irmão que ela tinha morreu em uma viagem de navio. Os pais também morreram quando Yayá ainda era adolescente. Até hoje, os relatos sobre o local são assombrosos. Há quem diga que já ouviu o som de um piano ao passar na frente da casa, à noite. Uma mulher vestida de branco e segurando um bebê no colo também já teria sido vista no imóvel
Sebastiana morreu aos 74 anos, em 1961, vítima de câncer. Alguns moradores do bairro do Bixiga garantem que já viram o fantasma de dona Yayá. Segundo o professor Moraes, umas das versões da história é a que dona Yayá não tinha problemas psiquiátricos, mas teria sido trancada dentro da casa após o golpe de um procurador. Hoje, no imóvel, funciona uma casa de cultura
Em uma manhã chuvosa de 1º de fevereiro de 1974, o edifício Joelma, na Bela Vista, centro de SP, foi atingido por um incêndio que matou 191 pessoas e deixou centenas feridas. O fogo começou em um aparelho de ar-condicionado que teve um curto-circuito. As salas e escritórios já estavam cheios de funcionários, que tiveram dificuldade para deixar o prédio porque os corredores eram estreitos e não havia escadas de incêndio. Muitos morreram carbonizados nos elevadores e outros pularam dos andares altos. O imóvel também é cenário de relatos de arrepiar. Vozes, gritos e até histórias de elevadores que se movimentam sozinhos fazem parte da memória de quem frequenta o lugar
O professor Paulo Roberto Moraes explica que, antes de erguerem o edifício, outra tragédia já havia acontecido naquele local. — Teve um assassinato onde é o Joelma hoje, antes de construírem o prédio. Um professor de química matou a mãe e a irmã, e as jogou no poço da casa, nos anos 30, por aí. Os vizinhos acharam estranho e denunciaram, e aí a polícia foi para prendê-lo. Ele tinha uma arma em casa, quando a polícia chegou, foi ao banheiro e se matou. Segundo ele, após o incêndio, o medo que as pessoas tinham dos boatos de assombração fez com que muitos proprietários de salas comerciais tivessem dificuldade para alugar seus imóveis no edifício Joelma
Um incêndio também atingiu o edifício Andraus, na avenida São João, dois anos antes do fogo no Joelma. Naquela ocasião, 16 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas. O número de vítimas só não foi maior porque um helicóptero conseguiu pousar no topo do edifício para resgatar as pessoas. Passados mais de 40 anos da tragédia, algumas pessoas que trabalham no prédio dizem que ele é mal-assombrado
Nem mesmo o Teatro Municipal escapa das histórias de medo. Funcionários garantem que o local é frequentemente visitado por fantasmas. Eles acreditam que as almas são de artistas que se apresentaram no teatro ou de pessoas que gostariam de ter estado ali
A área onde hoje fica a Capela dos Aflitos, no bairro da Liberdade, foi o primeiro cemitério de São Paulo, no século 18. Naquele local eram enterrados escravos, pessoas pobres e criminosos. Não há registro de remoção dos corpos do local após o fechamento do cemitério, em 1858. Há relatos de aparições de fantasmas e vozes, principalmente durante a noite
Uma das histórias mais curiosas sobre aquele lugar é a de Francisco José das Chagas, o Chaguinhas. Diz a lenda que ele teria sido condenado injustamente, jurava inocência, mas foi punido com a forca. No entanto, Chaguinhas não morreu nas duas primeiras vezes, porque a corda arrebentou. Na terceira tentativa, a população já estava revoltada e pedia para que ele não fosse executado. Na época, uma lei determinava que, se o condenado não morresse na hora do enforcamento, seria inocentado. Mas não foi o que aconteceu com ele. Algumas pessoas contam que o fantasma de Chaguinhas ainda perambula pela região
O cemitério da Consolação e outros, em São Paulo, também têm histórias de assombrações. Normalmente, são contadas por pessoas que garantem ter visto imagens de pessoas atrás das sepulturas

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Para marcar a primeira Sexta-Feira 13 deste ano, o R7 percorreu alguns endereços de São Paulo que guardam histórias assombrosas. O som de um piano que sai de uma casa vazia, os elevadores que se movem sozinhos e a imagem da mulher de branco segurando um bebê são alguns dos relatos de vizinhos ou funcionários de imóveis onde aconteceram tragédias. Você teria medo de frequentar locais como esses? Conheça alguns casos Reportagem: Fernando Mellis, do R7
Na maioria dos casos, os boatos sobre assombrações envolvem lendas urbanas e locais de tragédia, segundo o professor de geografia Paulo Roberto Moraes. Localizado na esquina da avenida São João com a rua Apa, no centro de São Paulo, o casarão conhecido como Castelinho da rua Apa foi palco de um crime em família, no dia 12 de maio de 1937. Os irmãos Álvaro Cezar e Armando Cezar dos Reis, de 45 e 43 anos, respectivamente, foram encontrados mortos junto com a mãe, Maria Cândida dos Reis, de 74 anos. Os Reis eram de uma rica família de São Paulo. Em uma investigação rápida e que levantou polêmicas, a polícia concluiu que Álvaro havia matado a mãe e o irmão e se suicidado
O motivo do crime teria sido uma discussão entre os dois irmãos sobre investimentos que Álvaro queria fazer com o dinheiro da família e que Armando não concordava. Durante uma discussão, a mãe teria tentado apartar a briga e acabou baleada. A arma do crime estava no nome de Álvaro, o que levou os investigadores a acreditarem na hipótese de duplo homicídio seguido de suicídio. Os corpos foram encontrados no escritório e na sala
Os corpos de Álvaro e Armando foram enterrados no cemitério da Consolação. O da mãe foi sepultado no cemitério da Ordem Terceira do Carmo. Segundo o professor Paulo Roberto Moraes, tornou-se conhecida a história de que Maria Ângela Cunha Bueno, a dona Baby, namorada de Álvaro, levava uma flor todos os dias ao túmulo dele. Posteriormente, ela teria pago uma floricultura para fazer isso. Dona Baby morreu em 1988, aos 97 anos
Hoje o Castelinho da rua Apa está sob responsabilidade de uma ONG (Organização Não Governamental) que busca recursos para reformá-lo. Os funcionários da organização garantem ter ouvido histórias de vozes e vultos sobre o local 
A casa onde morou a rica herdeira Sebastiana de Freire Mello, conhecida como dona Yayá, é um dos lendários imóveis  mal-assombrados de São Paulo. Sozinha e considerada louca, dona Yayá permaneceu trancada dentro do imóvel, na rua Major Diogo, no centro da capital, por 40 anos. O único irmão que ela tinha morreu em uma viagem de navio. Os pais também morreram quando Yayá ainda era adolescente. Até hoje, os relatos sobre o local são assombrosos. Há quem diga que já ouviu o som de um piano ao passar na frente da casa, à noite. Uma mulher vestida de branco e segurando um bebê no colo também já teria sido vista no imóvel
Sebastiana morreu aos 74 anos, em 1961, vítima de câncer. Alguns moradores do bairro do Bixiga garantem que já viram o fantasma de dona Yayá. Segundo o professor Moraes, umas das versões da história é a que dona Yayá não tinha problemas psiquiátricos, mas teria sido trancada dentro da casa após o golpe de um procurador. Hoje, no imóvel, funciona uma casa de cultura
Em uma manhã chuvosa de 1º de fevereiro de 1974, o edifício Joelma, na Bela Vista, centro de SP, foi atingido por um incêndio que matou 191 pessoas e deixou centenas feridas. O fogo começou em um aparelho de ar-condicionado que teve um curto-circuito. As salas e escritórios já estavam cheios de funcionários, que tiveram dificuldade para deixar o prédio porque os corredores eram estreitos e não havia escadas de incêndio. Muitos morreram carbonizados nos elevadores e outros pularam dos andares altos. O imóvel também é cenário de relatos de arrepiar. Vozes, gritos e até histórias de elevadores que se movimentam sozinhos fazem parte da memória de quem frequenta o lugar
O professor Paulo Roberto Moraes explica que, antes de erguerem o edifício, outra tragédia já havia acontecido naquele local. — Teve um assassinato onde é o Joelma hoje, antes de construírem o prédio. Um professor de química matou a mãe e a irmã, e as jogou no poço da casa, nos anos 30, por aí. Os vizinhos acharam estranho e denunciaram, e aí a polícia foi para prendê-lo. Ele tinha uma arma em casa, quando a polícia chegou, foi ao banheiro e se matou. Segundo ele, após o incêndio, o medo que as pessoas tinham dos boatos de assombração fez com que muitos proprietários de salas comerciais tivessem dificuldade para alugar seus imóveis no edifício Joelma
Um incêndio também atingiu o edifício Andraus, na avenida São João, dois anos antes do fogo no Joelma. Naquela ocasião, 16 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas. O número de vítimas só não foi maior porque um helicóptero conseguiu pousar no topo do edifício para resgatar as pessoas. Passados mais de 40 anos da tragédia, algumas pessoas que trabalham no prédio dizem que ele é mal-assombrado
Nem mesmo o Teatro Municipal escapa das histórias de medo. Funcionários garantem que o local é frequentemente visitado por fantasmas. Eles acreditam que as almas são de artistas que se apresentaram no teatro ou de pessoas que gostariam de ter estado ali
A área onde hoje fica a Capela dos Aflitos, no bairro da Liberdade, foi o primeiro cemitério de São Paulo, no século 18. Naquele local eram enterrados escravos, pessoas pobres e criminosos. Não há registro de remoção dos corpos do local após o fechamento do cemitério, em 1858. Há relatos de aparições de fantasmas e vozes, principalmente durante a noite
Uma das histórias mais curiosas sobre aquele lugar é a de Francisco José das Chagas, o Chaguinhas. Diz a lenda que ele teria sido condenado injustamente, jurava inocência, mas foi punido com a forca. No entanto, Chaguinhas não morreu nas duas primeiras vezes, porque a corda arrebentou. Na terceira tentativa, a população já estava revoltada e pedia para que ele não fosse executado. Na época, uma lei determinava que, se o condenado não morresse na hora do enforcamento, seria inocentado. Mas não foi o que aconteceu com ele. Algumas pessoas contam que o fantasma de Chaguinhas ainda perambula pela região
O cemitério da Consolação e outros, em São Paulo, também têm histórias de assombrações. Normalmente, são contadas por pessoas que garantem ter visto imagens de pessoas atrás das sepulturas

Para marcar a primeira Sexta-Feira 13 deste ano, o R7 percorreu alguns endereços de São Paulo que guardam histórias assombrosas. O som de um piano que sai de uma casa vazia, os elevadores que se movem sozinhos e a imagem da mulher de branco segurando um bebê são alguns dos relatos de vizinhos ou funcionários de imóveis onde aconteceram tragédias. Você teria medo de frequentar locais como esses? Conheça alguns casos Reportagem: Fernando Mellis, do R7

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