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A cidade de Itu, no interior de São Paulo, vive grave crise no fornecimento de água. Sem o líquido nas torneiras, muitos moradores do município precisam improvisar. No bairro Jardim Novo Mundo, na região do Pirapitingui, alguns recorrem à mina para abastecer suas casas
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No local, o lixo se acumula, aumentando o risco de transmissão de doenças
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Maria Ferreira da Silva, operadora de máquina, busca água que se acumula a partir da mina para lavar o quintal e jogar no vaso sanitário
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O movimento de moradores na mina d'água é grande o dia inteiro
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A dona de casa Nadir Aparecida da Silva, também moradora do Jardim Novo Mundo, usou o dinheiro do gás para comprar água. Na casa onde vive, há outros cinco moradores, sendo dois bebês e duas crianças.
— Já passamos nove dias sem água. Agora, ontem [segunda-feira], não tínhamos um pingo de água nem para beber. Precisamos comprar. Veio um caminhão e eu comprei R$ 50 de água. Tirei o dinheiro que iria comprar um botijão de gás
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Moradores do bairro mostram revoltados
a conta de água e de esgoto, que continua chegando normalmente
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Mesmo com falhas no abastecimento, a conta de água de uma das moradoras veio com valor de mais de R$ 100
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A aposentada Márcia Leite Nunes do Espírito Santo, moradora da rua Piauí, no Bairro Brasil, está mobilizando os vizinhos para que seja feito um documento com queixa coletiva, que será apresentado à concessionária Águas de Itu e ao Ministério Público
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Para abastecer a casa, ela armazena em galões, água retirada da bica Vila Santa Terezinha
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A auxiliar de consultório dentário Vânia Emiliano da Silva, 49, mora na avenida Boa Vista, no bairro Brasil e também sofre com as torneiras secas. Ela armazena água em uma cisterna no quintal da casa.
— Vem um pouco e, depois, fica muito tempo sem vir água. A gente tem que ficar caçando caminhão-pipa. A água que eu tenho foi emprestada [...] Banho tem que ser super rápido. Lavar roupa, você tem que juntar muita. A água está vindo suja e, às vezes, com odor desagradável
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No Bairro Brasil, é comum encontrar caixas d'água na frente das casas
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Moradores de diferentes partes de Itu recorrem à bica da Vila Santa Terezinha, em uma praça da cidade
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Alguns chegam a levar caixa d'água para a bica
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O contador Marcos Adriani de Oliveira, morador da Vila Lucinda, também busca água na bica da Vila Santa Terezinha.
— É revoltante. Uma prefeitura que arrecada o que a prefeitura de Itu arrecada. E não tem uma luz no fim do túnel. Já falta água há 20 anos
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O técnico em refrigeração Silvio Donizete, morador do Jardim Novo Itu, diz que não tem água há dias.
— Não vem água faz mais de dez dias. Abro a torneira e ela está seca [...] Dá tristeza. Como um ser humano vive sem água? Eles têm como pedir um caminhão-pipa. Nós não temos. Somos assalariados
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O comerciante Roberto Costa Freitas, morador na Vila Guitti, conta que precisa tomar banho em Salto, no escritório onde trabalha
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A balconista Ana Cláudia Sbrissa, que mora no Itaim, desabafa:
— É um desrespeito. Deveriam ter previsto isso. Eu trabalho de dia e de noite, em vez de eu ter horário de descanso, tenho que vir buscar água [na bica]
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Narciso Santos, gerente de um restaurante no Centro, conta que o proprietário do estabelecimento precisa comprar água para manter o local em funcionamento
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O comerciante João Roberto de Moraes afirma que colocou os baldes na frente da loja para chamar a atenção dos clientes. Segundo ele, a procura pelo produto aumentou com a crise hídrica na cidade
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Comunidades no Facebook foram criadas para discutir o problema
Reprodução/Facebook
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Revoltados com a falta d'água no município, moradores usam redes sociais para denunciar a situação e desabafar
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