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Crise Penitenciária

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Presas vivem com filhos de até seis meses atrás das grades em presídio de SP

R7 visitou a Penitenciária Feminina da Capital e conheceu pavilhão materno infantil

São Paulo|Do R7

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A reportagem do R7 visitou a Penitenciária Feminina da Capital — Carandiru — e conversou com três detentas que passaram a gravidez encarceradas. Hoje, elas vivem com os bebês atrás das grades * Colaborou Giuliana Saringer, estagiária do R7
Iago, de quatro meses, é filho de Antônia Patrícia de Macedo Mendes. O bebê estava com uma fitinha vermelha presa ao pulso. Segundo a mãe, o adereço tem como objetivo proteger a criança, afastando o “mau olhado”
As presas, arrumadas e maquiadas, se produziram para receber a equipe do R7. Segundo a agente Norvina Nogueira, o pavilhão materno possui uma “caixa da beleza”.  Assim, têm acesso à secador, chapinha, maquiagens, esmaltes e outros produtos de beleza. A caixa é utilizada às sextas-feiras, para que as presas possam se arrumar para as visitas, realizadas nos sábados
Além da caixa, as próprias reeducandas ajudam uma a outra no processo de melhora da auto estima. Alexandra, por exemplo, teve os cabelos cacheados trançados por uma colega africana
Separação Ao falar sobre o momento de deixar o filho com familiares fora da penitenciária, as detentas se emocionam. Antônia diz que o momento será difícil. — Eu vou entregar o Iago e já estou começando a ficar triste
Gabriela, com Anne dormindo nos braços, conta que foi presa no mesmo BO que o namorado, por causa de um sequestro, mas que é inocente e que foi presa por um engano. — Eu to tentando ver se minha cadeia cai pra eu sair com ela [Anne] . Se não cair, eu vou entregar, né.
Para Alexandra, o pequeno Miguel é o motivo de alegria dentro da prisão. Presa há mais de 10 anos, a detenta conta que a maternidade mudou completamente sua vida.  — Eu voltei a ser feliz, porque eu não tinha felicidade, eu era muito ‘apagadona’, vivia muito grade, cadeia… Aquele ritmo. Ele já trouxe um arco íris.
Segundo os dados da política pública “Mães em Cárcere”, divulgados pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, quando os bebês completam seis meses de vida, a maior parte deles fica sob a tutela dos avós maternos (43,6% dos casos analisados).  A situação em que o pai fica responsável pelo filho representa 20,4% da estatística, seguido dos tios (11,4%) e dos avós paternos (9,3%).

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A reportagem do R7 visitou a Penitenciária Feminina da Capital — Carandiru — e conversou com três detentas que passaram a gravidez encarceradas. Hoje, elas vivem com os bebês atrás das grades * Colaborou Giuliana Saringer, estagiária do R7
Iago, de quatro meses, é filho de Antônia Patrícia de Macedo Mendes. O bebê estava com uma fitinha vermelha presa ao pulso. Segundo a mãe, o adereço tem como objetivo proteger a criança, afastando o “mau olhado”
As presas, arrumadas e maquiadas, se produziram para receber a equipe do R7. Segundo a agente Norvina Nogueira, o pavilhão materno possui uma “caixa da beleza”.  Assim, têm acesso à secador, chapinha, maquiagens, esmaltes e outros produtos de beleza. A caixa é utilizada às sextas-feiras, para que as presas possam se arrumar para as visitas, realizadas nos sábados
Além da caixa, as próprias reeducandas ajudam uma a outra no processo de melhora da auto estima. Alexandra, por exemplo, teve os cabelos cacheados trançados por uma colega africana
Separação Ao falar sobre o momento de deixar o filho com familiares fora da penitenciária, as detentas se emocionam. Antônia diz que o momento será difícil. — Eu vou entregar o Iago e já estou começando a ficar triste
Gabriela, com Anne dormindo nos braços, conta que foi presa no mesmo BO que o namorado, por causa de um sequestro, mas que é inocente e que foi presa por um engano. — Eu to tentando ver se minha cadeia cai pra eu sair com ela [Anne] . Se não cair, eu vou entregar, né.
Para Alexandra, o pequeno Miguel é o motivo de alegria dentro da prisão. Presa há mais de 10 anos, a detenta conta que a maternidade mudou completamente sua vida.  — Eu voltei a ser feliz, porque eu não tinha felicidade, eu era muito ‘apagadona’, vivia muito grade, cadeia… Aquele ritmo. Ele já trouxe um arco íris.
Segundo os dados da política pública “Mães em Cárcere”, divulgados pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, quando os bebês completam seis meses de vida, a maior parte deles fica sob a tutela dos avós maternos (43,6% dos casos analisados).  A situação em que o pai fica responsável pelo filho representa 20,4% da estatística, seguido dos tios (11,4%) e dos avós paternos (9,3%).

A reportagem do R7 visitou a Penitenciária Feminina da Capital — Carandiru — e conversou com três detentas que passaram a gravidez encarceradas. Hoje, elas vivem com os bebês atrás das grades * Colaborou Giuliana Saringer, estagiária do R7

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