A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou, no dia 9 de dezembro, um projeto de
formação de táxis compartilhados. A proposta de Laércio Benko
(PHS) e Ricardo Young (PPS) prevê a criação de percursos definidos a
serem compartilhados por, no mínimo, duas pessoas e, no máximo, quatro.
O
R7 foi às ruas para saber o que os taxistas acharam da novidade. Veja
o resultado nas imagens a seguir
Colaborou Plínio Aguiar, estagiário do R7
Daia Oliver/R7
A ideia não agrada a taxista Rosana Pereira,
de 28 anos.
— Não é questão de ser contra ou a favor, é questão de lógica. Vamos supor que
eu pego você para o Itaim e outro para o Brooklin, só aí dá mais de 10 km e já não resolve o projeto
Daia Oliver / R7
Alexandre Costa, de 35 anos, disse que é contra a medida porque, segundo ele, um dos motivos de as pessoas pegarem táxi é a privacidade. Mas, admite que se prefeito Fernando Haddad sancionar a lei, ele compartilhará seu veículo.
— Eu acho o fim do mundo, mas cada um é cada um. Se for
aprovado eu vou compartilhar o meu táxi
Daia Oliver / R7
Já o taxista Márcio, de 48 anos, diz que a medida é
vantajosa para a sociedade desde que as pessoas que vão fazer o compartilhamento se conheçam.
— Porque pode ter o risco para mim, condutor, o passageiro e a outra pessoa que está compartilhando. Tem que ver se cola, porque pode acontecer assim como o Táxi Amigão, anos atrás, que era legal mas não pegou
Daia Oliver / R7
Para o taxista Francisco Lopes, de 66 anos, a medida não vai funcionar.
— Eu sou contra porque muitas pessoas não vão concordar ao entrar em um táxi com pessoas estranhas. Vem um passageiro dentro do carro e não vai querer se misturar. Tem o racismo que impera no nosso meio
Daia Oliver / R7
A cobrança da tarifa será individual e dividida entre os passageiros. De acordo
com o taxista Demetrius, de 50 anos, o custo extra cairá no bolso do taxista.
— Se
o sindicato diz que é contra, eu apoio o sindicato. Eu vou pegar quatro, cinco pessoas e isso aí traz um custo de manutenção para o carro