A morte de Gabriella Nichimura, de 14 anos, em um brinquedo do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, completou um ano neste domingo (24). A adolescente morava com a família no Japão, mas como a mãe é brasileira, veio passar férias no Brasil
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O brinquedo em que aconteceu o acidente foi a La Tour Eiffel. Trata-se de uma torre de 69,5 m de altura — o equivalente a um prédio de 23 andares. Em conjuntos de quatro cadeiras, posicionadas do lado externo da estrutura, as pessoas sobem a 5 m/s e, ao chegar no topo, despencam a cerca de 94 km/h em três segundos
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Na manhã de 24 de fevereiro de 2012, a adolescente caiu de uma altura de cerca de 25 m, depois que a trava de segurança da cadeira dela se abriu. A menina chegou a ser socorrida a um hospital, mas chegou sem vida. Segundo o delegado Álvaro Santucci, os funcionários e os engenheiros não colaboraram com as investigações e o local onde a menina se sentou só foi realmente comprovado quando a família disponibilizou uma foto para a investigação. Ele disse ainda que o parque havia informado que aquela mesma cadeira onde a adolescente se sentou estava inativa havia anos
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O parque teve que ficar fechado por 20 dias, após determinação do Ministério Público. No dia 5 de março, durante uma inspeção dos peritos, o helicóptero da Record flagrou a trava quebrada da cadeira em que Gabriella estava
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O advogado de dois funcionários do Hopi Hari disse, ainda durante as investigações, que seus clientes afirmam que a cadeira estava quebrada e que o fato foi comunicado aos responsáveis pela atração, mas eles liberaram a utilização
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O parque de diversões Hopi Hari foi inaugurado em 1999, como um dos maiores parques temáticos da América Latina. Ele está localizado no km 72 da rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo — cidade a 79 km da capital. Em novembro de 2012, a Justiça de Jundiaí condenou, em primeira instância, o Hopi Hari a pagar R$ 1,5 milhão de indenização ao artista norte-americano Ryan Mitchel Bergeron, por um acidente que o deixou paraplégico durante uma apresentação. Na decisão, o juiz Jorge Luiz Souto Maior disse que houve falta de segurança no show
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No dia 15 de maio de 2012, a Justiça aceitou a denúncia contra 12 pessoas, que passaram a ser réus no processo de homicídio culposo — sem intenção de matar. Entre elas, estão o presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, e o vice-presidente, Claudio Pinheiro Guimarães, além de técnicos, mecânicos e funcionários do parque. O delegado Álvaro Santucci (foto) comandou as investigações e entendeu que a conduta deles colaborou para o acidente que resultou na morte de Gabriella
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Em julho, a família de Gabriella entrou na Justiça com um pedido de indenização de R$ 4,6 milhões por danos. Segundo o advogado Ademar Gomes, houve “negligência, imperícia e imprudência” no caso. Em nota, divulgada na época, o Hopi Hari disse que "vai arcar com todas as suas responsabilidades" e que "prestou toda a assistência à família da vítima e colaborou com todos os órgãos responsáveis pela apuração do caso"