Um engenheiro do Aprov (Departamento de Aprovação de Edificações da Prefeitura de São Paulo), de 52 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (19) por recebimento de propina. A denúncia foi feita a Polícia Civil por uma pessoa que tentava regularizar seu imóvel.
A investigação começou há cerca de dez dias na 1ª Delegacia de Crimes contra a Administração Pública do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania). Segundo o delegado responsável, Paulo Guidio Peres Filho, a vítima, um motorista, já havia dado entrada no processo na prefeitura há dez anos.
— Agora, todas as etapas formais já tinham se encerrado. Ele [a vítima] já tinha pago as taxas e impostos e disse que foi procurado pelo servidor com uma proposta de acelerar o processo mediante o pagamento de R$ 10 mil, que foi negociado e ficou em R$ 8.000.
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Os policiais orientaram o motorista a marcar um encontro no centro de São Paulo nesta manhã para entregar metade do valor. Algumas notas foram marcadas e levadas até o engenheiro, em uma lanchonete, na rua São Bento.
O servidor foi preso logo após receber a propina. Ele foi levado à sede do DPPC, onde até o fim da tarde não havia prestado depoimento porque aguardava a chegada do advogado. Segundo o delegado, ele será indiciado pelo crime de concussão — uso de cargo público para obter vantagem. A pena varia entre dois e oito anos de prisão.
Até que a Justiça decida a situação do funcionário, ele ficará preso em uma delegacia da capital, já que possui curso superior. O juiz poderá conceder liberdade provisória ao servidor.
A Prefeitura de São Paulo informou que a Controladoria Geral do Município vai determinar a abertura de uma investigação interna que tem prazo de 60 dias para ser concluída.
Outro caso
Dois servidores da Subprefeitura de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, foram presos em flagrante na última sexta-feira (15) por recebimento de propina. A denúncia havia sido feita no fim de fevereiro e apurou que os dois estavam envolvidos em um esquema de corrupção no setor que fiscalizava obras na região.
A prisão também foi feita pela 1ª Delegacia de Crimes contra a Administração Pública. Na ocasião, a dupla estava recebendo R$ 40 mil em dinheiro do empresário que denunciou o caso e colaborou com as investigações.
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