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Garoto com déficit de atenção tem cadeira chutada por colega de sala

Mãe diz que casos de bullying são frequentes. Secretaria convocou pais

São Paulo|Ana Beatriz Azevedo, estagiária do R7*, Rafaela Morozetti e Stéphanie Nascimento, da Agência Record

O adolescente H., 15 anos, portador de Transtorno de Déficit de Atenção e aluno da Escola Estadual Professor José Liberatti, em Osasco, região metropolitana de São Paulo, afirma que vem sofrendo repetidos casos de bullying não solucionados pela direção do colégio. O jovem diz que a situação vem se agravando a cada dia.

Anteriormente, o R7 havia informado erradamente que o garoto sofria de autismo. Mas a informação foi corrigida às 22h40 da última sexta-feira (17).

Em uma das ações de bullying, um estudante chutou a cadeira onde H. estava sentado, durante uma aula na última terça-feira (14). Com o golpe, H. caiu e diversos alunos riram. Esta ação foi filmada e compartilhada por WhatsApp.

A mãe do garoto, S., 43 anos, afirma que o bullying não começou recentemente. Segundo ela, desde 2014, quando H. entrou no colégio, o jovem passa por situações de humilhações e agressões físicas, como tapas na cabeça quando outros alunos passam por trás de sua cadeira.

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Segundo ela, o adolescente tentava relevar algumas ações dos outros estudantes e não denunciava todos casos à diretoria por não ter os pedidos de ajuda solucionados pela direção da maneira como esperava. As punições aos agressores não faziam com que os casos parassem de se repetir.

Na última terça-feira (14), quando o garoto foi chutado de sua cadeira, mais uma reclamação foi registrada na diretoria. H. diz que quando voltou à sala, alguns colegas teriam ameaçado dizendo que o pegariam na saída.

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Falta de segurança

Segundo a mãe, os casos frequentes de bullying fazem com que ela e o garoto não sintam segurança no ambiente escolar. Nesta quinta-feira (16), H. não frequentou as aulas. “Ele está com medo de ir para a escola. Ele vai ao banheiro escoltado?”, diz a mãe.

“A gente manda o filho para a escola por ainda achar que é um lugar seguro. O mínimo que o governo pode fazer é dar segurança dentro de uma escola estadual”, afirma. S. afirma que vai entrar com uma ação judicial contra os pais dos estudantes que expuseram a imagem do filho dela no grupo de WhatsApp e também contra o Estado. Ela ainda diz que registrará um boletim de ocorrência na tarde desta quinta-feira (16).

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Secretaria chama pais

Ao ser questionada sobre a situação, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que “a Diretoria de Ensino Osasco acompanha o caso e informa que os pais dos alunos envolvidos foram chamados para que medidas pedagógicas aconteçam em conjunto”.

A pasta ainda disse que “a escola, assim como outras unidades de ensino, possui parcerias e realiza com frequência palestras e atividades de conscientização sobre bullying”. Segundo a secretaria, “todas ações de inclusão são realizadas com alunos especiais e todos são acompanhados pelos professores e direção das unidades”.

* Com supervisão de Alvaro Magalhães, do R7

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