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“Há indícios que a criança subiu na janela”, diz delegado sobre morte em Taboão da Serra

Tese de homicídio, seja culposo ou com dolo eventual, ainda será analisada pela investigação

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Queda de criança ainda gera dúvidas para investigadores em Taboão
Queda de criança ainda gera dúvidas para investigadores em Taboão Queda de criança ainda gera dúvidas para investigadores em Taboão

O delegado Gilson Leite, titular do 1º Distrito Policial de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, afirmou nesta segunda-feira (13), que há indícios iniciais de que Murilo Martins de Oliveira, de 6 anos, subiu na janela do apartamento de onde caiu no início da manhã do último sábado (11). A queda do 11º andar matou a criança na hora. Contudo, ainda é prematuro definir as responsabilizações.

Segundo o boletim de ocorrência, a queda da criança, ocorrida por volta das 5h30, foi registrada como homicídio. Contudo, o delegado prefere aguardar a evolução dos trabalhos antes de fazer um juízo de valor sobre o caso.

— Em princípio é prematuro falar em homicídio. Pode ter acontecido por culpa, ou seja, seria homicídio culposo, pode ter acontecido homicídio por dolo eventual – não queria que acontecesse, mas com ação dela contribuiu para que acontecesse -, então temos que verificar isso com cautela.

Criança morta ao cair do 11º andar foi deixada sozinha em apartamento

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Enterrado corpo de criança que caiu do 11º andar de prédio em Taboão da Serra

O menino de 6 anos estava sob responsabilidade da tia, moradora do apartamento. De acordo com a polícia, a criança tinha ido passar o fim de semana na casa da tia. Enquanto Oliveira dormia, a mulher de 37 anos – que seria também uma babá – saiu para levar o marido ao trabalho. A queda do menino do apartamento, que não possuía proteção nas janelas, teria ocorrido justamente nesse horário em que ninguém além do menor estava no local.

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Tanto a tia quanto a mãe da vítima segue internadas, ambas em estado de choque, e deverão ser ouvidas nos próximos dias pelos investigadores. Antes disso, Leite espera reunir mais informações sobre a vida familiar, além de colher depoimentos de funcionários do prédio e vizinhos. A busca de imagens de câmeras de segurança do edifício e de imóveis da área também foi iniciada. O imóvel não apresentava sinais de arrombamento, por isso a presença de estranhos, por enquanto, está descartada.

— Pretendemos vistoriar melhor o relacionamento daquela família dentro daquele prédio, para verificar se era rotineiro, ou ver tudo que possa ter gerado um evento tão trágico. Temos que ver se tem câmeras lá, na vizinhança, alguma coisa que possa nos dar um parâmetro, para quando for ouvir a suspeita saber exatamente o que perguntar para diminuir as dúvidas, esclarecendo todas as dúvidas.

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O que a polícia já sabe com convicção é que a criança jamais poderia ter ficado sozinha sem supervisão dentro do apartamento. Contudo, são as demais provas, principalmente os laudos do IC (Instituto de Criminalística) que irão contribuir para a definição das responsabilidades e se o indiciamento será por homicídio culposo (sem intenção) ou por dolo eventual (quando não há intenção, mas a ação da pessoa contribuiu para o fato).

— O motivo é que a pessoa deveria permanecer no local e largou a criança sozinha, se ausentou durante um período grande de tempo grande para acompanhar o marido, segundo consta. Então, o dolo eventual estaria nessa circunstância por ter deixado sozinha. Mas temos que vistoriar isso, uma série de coisas a serem analisadas. Parece que a moça estava grávida também, então temos que verificar. Se foi homicídio a pessoa vai responder por isso, mas temos de ter cautela, aguardar o resultado das diligências e o laudo do IC, que é fundamental.

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