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Haddad diz que remoção de famílias de área alagada depende de obra do Estado

Petista afirma que órgão está há um ano e meio para lançar edital para construção de piscinão

São Paulo|

Haddad disse que a obra precisa ser licitada para definir perímetro
Haddad disse que a obra precisa ser licitada para definir perímetro Haddad disse que a obra precisa ser licitada para definir perímetro

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quinta-feira (19) que a remoção das famílias na área submergível da Vila Itaim, na zona leste da capital, depende da licitação de uma obra do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que pertence ao governo do Estado.

Parte do bairro está inundada desde a noite de segunda-feira (16). Segundo o petista, o órgão está há um ano e meio para lançar o edital para a construção de um piscinão no local.

— O DAEE já assinou o termo de compensação ambiental. Eu só não entendo por que o DAEE não licita a obra. Sem a licitação da obra não há como remover as famílias sob pena de que as famílias reocupem depois da desocupação. É preciso ter um contrato com uma construtora definida. Eles não têm nem a construtora definida de quem vai fazer a obra. Eles precisam licitar a obra. Já foi cobrado várias vezes, eles não publicam o edital de licitação.

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Ainda de acordo com ele, em setembro de 2013, representantes da Prefeitura e do DAEE, que já estava sob a administração do tucano Geraldo Alckmin, se reuniram na Vila Itaim, com a presença de moradores, e se comprometeram com o empreendimento.

— Há um ano e meio atrás, eles estiveram lá, se comprometeram com a comunidade a iniciar as obras e (até agora) sequer licitaram as obras. Então, o DAEE infelizmente está transmitindo uma informação equivocada para a população. Acho um desrespeito o que eles estão fazendo com a população.

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Haddad falou que a obra precisa ser licitada para que seja definido o seu perímetro no terreno "e saber exatamente quais famílias precisam ser removidas" do local.

— A remoção das famílias tem que ser acompanhada da entrada da construtora, para ela iniciar o canteiro de obras. Se não iniciar o canteiro de obras, você vai remover as famílias e dali a uma semana, dali a um mês, nova ocupação vai acontecer. A pergunta que não quer calar é por que o DAEE, há um ano e meio, não publica o edital de licitação, sendo que é um compromisso assumido de compensação ambiental.

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O prefeito ainda afirmou que o órgão estadual é cobrado mensalmente pela publicação do edital.

Outro lado

Em nota à imprensa distribuída na quarta-feira, 18, o DAEE havia informado que a obra do piscinão "aguarda o reassentamento, pela Prefeitura, de 280 famílias de áreas invadidas" e que o "projeto básico está pronto e foi entregue ao município em 2013".

Outro pôlder construído pelo DAEE e entregue em 2011 evitou inundações no Jardim Romano, um bairro da mesma região, que também alagou em 2009.

Ainda segundo a nota, desde 2011, "o DAEE retirou 9,2 milhões de metros cúbicos de sujeira do rio Tietê e seus afluentes, contribuindo decisivamente para reduzir os impactos das chuvas em toda a Região Metropolitana. O volume é maior do que a capacidade somada de todos os 51 piscinões já construídos pelo DAEE na região".

O DAEE afirmou ainda que o "combate às enchentes exige também boa manutenção da rede de água pluviais (bocas de lobo, por exemplo), que é responsabilidade dos municípios".

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