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Homem é inocentado e solto após enteada admitir que mentiu sobre estupro no interior de São Paulo

Juiz criticou a postura da jovem e da tia dela, que fizeram uma falsa denúncia à polícia

São Paulo|Do R7

Um homem foi absolvido pela Justiça de Votorantim, no interior de São Paulo, da acusação de estuprar a enteada. Ele chegou a ficar preso desde a data do suposto crime, em novembro de 2012, até o começo deste mês. A garota que se disse vítima, uma adolescente de 15 anos, e a tia dela, afirmaram em juízo que mentiram sobre o que havia acontecido.

A defesa do homem e o Ministério Público haviam pedido que ele fosse inocentado. Também não havia prova do estupro. Para justificar a falsa denúncia, a garota alegou que o padrasto não deixava que o namorado dormisse na casa onde eles moram. A tia afirmou que mentiu para apoiar a sobrinha.

Na sentença, o juiz Bruno Luiz Cassiolato tratou como “irresponsável e inaceitável” a conduta da tia e da sobrinha.

— Por conta de “briguinhas de família”, como uma delas afirmou em juízo, ou por “birra” contra um padrasto que negou o “direito” de seu namorado dormir em casa, como disse a outra, de 15 anos de idade, diversos policiais militares foram chamados ao trabalho para autuar expedientes, tomar diversas declarações, prender uma pessoa em flagrante, proceder às investigações, requisitar exames de corpo de delito, dentre outras tantas atividades. Como se os recursos materiais e humanos existentes na Polícia Civil pudessem ser desperdiçados, porque abundantes e gratuitos. Como se não existissem outros crimes graves e reais aguardando investigação sobre as mesas das repartições policiais.

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O magistrado ainda acrescentou que, devido a uma mentira, foram desperdiçados o trabalho do Judiciário e o dinheiro público empregado no caso. Segundo ele, o réu ficou preso até que a tia e a sobrinha “recobrassem a consciência e compreendessem a gravidade dos seus irresponsáveis atos”.

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— Foi preso em 12 de novembro de 2012 e, por essas curiosas ironias da vida, acabou solto no dia 1º de abril de 2013, o popular “Dia da Mentira”, quando à tona veio a verdade.

Por determinação do juiz, cópias do processo vão ser enviadas ao Ministério Público. Dependendo da análise do promotor, as duas podem responder por crimes contra a administração da Justiça.

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