Um rapaz de 22 anos foi detido em flagrante após furtar e incendiar o carro da ex-namorada, crime praticado no último domingo (16), enquanto a jovem jantava em um restaurante de São Paulo. O suspeito, que sofreu queimaduras nas mãos e no rosto, foi autuado em crime previsto na Lei Maria da Penha.
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A empresária Carolina Torresan Ida, de 21 anos, já havia registrado uma série de boletins de ocorrência contra o ex-companheiro e tinha obtido uma medida protetiva na justiça. Há seis meses, ela havia pedido a separação, após um relacionamento de cerca de dois anos. Ambos têm um filho juntos.
"Ele falava que iria acabar com a minha vida. [Dizia] que expor a minha intimidade, iria me matar. Ele invadiu o meu condomínio, após a separação, eu já possuía medida protetiva, me arrastou pelos cabelos de dentro do apartamento com o nosso filho de um ano no colo", declarou a empresária.
Medida protetiva
A promotora do Ministério Público de São Paulo Valeria Scarance ressalta que a medida protetiva é um instrumento importante para que as autoridades possam agir, mas é preciso haver provas. "O que pode ser considerado prova? Tudo. Whatsapp, mensagem ameaçadora. Não há outra alternativa, senão contar com o estado e acreditar na medida protetiva".
Valeria Scarance enfatizou ainda que o envolvimento de testemunhas de casos de violência doméstica também é fundamental para a proteção da vítima. "Quando a sociedade fala, a mulher não morre. Também é obrigação de quem escuta acionar a polícia", complementou a promotora.
Crimes
O homem, que foi internado em um hospital da capital paulista para o tratamento dos ferimentos, irá responder a inquérito policial por furto, dano qualificado e pelo descumprimento da medida protetiva.