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'Ia sair com a namorada', diz mãe de jovem baleado por PM em baile funk

Segundo versão policial, três adolescentes foram detidos em uma perseguição acusados de roubar um veículo e tentarem assaltar motorista

São Paulo|Fabíola Perez, do R7, e Rafael Custódio, da Agência Record

Manifestação em resposta à morte de adolescente de 16 anos no Alba
Manifestação em resposta à morte de adolescente de 16 anos no Alba Manifestação em resposta à morte de adolescente de 16 anos no Alba

A mãe do jovem de 16 anos que morreu na madrugada desta sexta-feira (27) após ter sido baleado por policiais militares em um baile funk na favela Alba, na zona sul de São Paulo, afirma que o garoto não estava armado e que saiu de casa para ir a um baile funk com a namorada. "Ele tinha acabado de tomar banho para sair com a namorada", diz Jaciara Alves Paula. "Meu filho era um menino bom, nunca foi desobediente."

Leia mais: Jovem é baleado em perseguição policial em baile funk de SP

Na tarde desta sexta-feira, após terem sido informados da morte de jovem de 16 anos, que estava internado em um hospital, moradores da favela Alba organizaram uma manifestação por volta das 13 horas para protestar contra a atuação da polícia no caso. 

Segundo relatos de moradores, policiais militares utilizaram bombas de gás para dispersar quem estava na manifestação que, de acordo com moradores, ocorria de forma pacífica. Momentos depois, imagens mostram fogo em pneus, caixas de madeira e entulhos em ruas da comunidade e carros de polícia cercando as ruas do Alba.

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De acordo com o boletim de ocorrência, três jovens, entre eles o de 16 anos, foram detidos após terem sido acusados de roubar um veículo e tentarem assaltar um motorista na quarta-feira (25).

A versão policial afirma que os suspeitos estavam em um veículo roubado quando teriam abordado um motorista na avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira. Os três jovens, segundo a polícia, teriam conseguido fugir. 

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Outra equipe de PMs teria visto o mesmo veículo em alta velocidade e, então, deram início a uma perseguição. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, dois jovens atiraram e a polícia reagiu. Os dois jovens foram, então, levados ao Pronto Socorro Saboya. 

"Os policiais estão jogando gás de pimenta na porta da minha casa. Cheguei agora da delegacia, não estava sabendo de nada", diz Jaciara. "Meu filho ficava muito em casa com o irmão e quando não estava aqui, jogava futebol", lembra. 

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Moradores da comunidade que preferem não se identificar afirmam que a namorada estava com o jovem no momento em que foi abordado pela polícia. "Ele não estava armado, mas os policiais chegaram atirando no olho dele."

"Não acredito em perseguição. É normal policial entrar em baile funk e sair atirando. Até quando vão matar nossos jovens?", disse uma moradora. "Eles não respeitam quem mora na comunidade. Jogaram spray de pimenta na mãe do garoto que morreu."

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