Presidente do Memorial, João Batista de Andrade acredita que o auditório será reaberto no segundo semestre de 2015
Alex Silva/ 29.11.13/ Estadão ConteúdoO incêndio que atingiu o auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, completa um ano neste sábado (29). O fogo destruiu cerca de 90% do espaço, considerado a "cereja do bolo" do Memorial, nas palavras do próprio presidente, o cineasta João Batista de Andrade.
Apesar da passagem do tempo, a impressão que se tem ao entrar no local é de que a tragédia é muito recente. No enorme galpão, o que se observa hoje é apenas a estrutura de concreto e um forte cheiro de fumaça.
A única etapa da reforma feita até agora foi a limpeza. Segundo Andrade, a demora para o início das obras se deve à burocracia necessária para realizar as licitações.
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Depois da limpeza, será feito um jateamento de concreto para cobrir todo o auditório e evitar que lascas da parede e do teto se soltem. Somente após o jateamento, o Memorial poderá receber os equipamentos necessários para voltar a funcionar. O contrato para essa etapa já está assinado e deve custar cerca R$ 750 mil. O custo total da reforma foi estimado em R$ 30 milhões, que serão pagos pelo governo do Estado.
Presidente do Memorial da América Latina comenta reconstrução do auditório:
As demais fases ainda precisam de licitações e os contratos devem ficar prontos no início do ano que vem. Andrade acredita que o auditório poderá ser reaberto no segundo semestre de 2015.
O incêndio
O fogo começou por volta das 15h de sexta-feira, 29 de novembro de 2013, no forro do teto do auditório Simón Bolívar, que estava vazio. O incêndio foi controlado por volta das 20h10 e os bombeiros passaram a madrugada de sábado (30) fazendo o trabalho de rescaldo.
A corporação teve bastante dificuldade para combater as chamas por causa da forma do prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em 1989. Ao todo, 16 bombeiros ficaram feridos, sendo dois em estado grave. Após vistorias, o local foi liberado porque não houve abalo na estrutura.
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* Colaborou Sylvia Albuquerque, do R7